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ORAÇÃO À SAGRADA FACE Ó meu Jesus, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que a vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-a para nosso coração, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém. ORAÇÃO DA AMIZADE Senhor, quão poucos são os verdadeiros amigos, porque imperfeitos, limitados! Muitas vezes decepciono-me, esquecido de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição, uma santidade e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque humanos. Fazei-me, obstante as dificuldades, bondoso e verdadeiramente amigo para com todos, sem nada esperar, nem mesmo um só agradecimento. Sois, Senhor, o melhor e mais perfeito amigo entre todos os meus amigos. Vós que me amais com um amor perfeito, ensinai-me a amar com o Vosso coração, a olhar com Vossos olhos e a viver sempre como testemunha digna da profunda amizade e amor que sempre tivestes e tendes para comigo. Amém. Envie sugestões e duvidas para



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SACRAMENTOS
SACRAMENTOS

Os Sacramentos


Os Sacramentos foram instituídos por Cristo e confiados à Igreja para que sejam levados a todos os povos. São sinais e meios pelos quais se exprime e se fortifica a fé, se presta culto a Deus e se realiza a santificação dos homens. São evidência do amor e a proximidade de Deus.
São 7 os Sacramentos: batismo, eucaristia, confissão, crisma, matrimônio, ordem e unção dos enfermos.
As ações de amor de Jesus curando os doentes, perdoando os pecados, impondo as mãos às crianças e sua entrega total nas mãos do Pai se prolongam na ação simbólico-sacramental realizada pela comunidade, em seu nome, na força de seu Espírito.
Sacramentos são gestos significativos que expressam e estabelecem a relação profunda com Deus, a nossa participação no Mistério Pascal de Jesus Cristo pela ação transformadora do Espírito.
Estes gestos não funcionam automaticamente, expressam as nossas vivências pessoais, comunitárias e sociais mais profundas, e também uma abertura e uma entrega a este jogo simbólico que nos é proposto na liturgia.
A palavra sacramento não é mencionada na Bíblia; significa "uma maneira de tornar sagrado", isto é, de fortalecer os laços entre Deus e o homem. Trata-se de um oferecimento palpável, feito por Deus, de uma proximidade com o homem.
O Código de Direito Canônico e a Revisão Ampla, documentos que ditam as diretrizes da Igreja, dizem que:

- os ministros não podem negar os sacramentos àqueles que os pedirem oportunamente, que estiverem devidamente dispostos e que pelo direito não forem proibidos de os receber;

- os pastores e fiéis têm o dever de cuidar que todos os que pedem os sacramentos estejam preparados para recebê-los, através da evangelização e catequização;

- os sacramentos são normas da Igreja, de comunhão eclesiástica e não para o mundo, de Deus para seus fiéis.


Batismo: o primeiro dos sacramentos

O próprio Jesus instituiu o batismo, segundo Mateus, juntamente com seu "mandamento missionário" no Dia da Ascensão. Desde os primeiros dias do cristianismo, o batismo foi o passaporte para entrar na comunidade cristã; é um ato de iniciação. Jesus permitiu que João Batista o batizasse e assim iniciou sua missão. O batismo é a porta de entrada na Igreja, necessário para a salvação, pelo menos em desejo, e, também, para receber validamente os outros sacramentos.
A graça batismal é uma realidade rica que produz o nascimento para a Vida Nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, herdeiro do Reino de Deus, templo do Espírito Santo, incorpora o batizado à Igreja e redime do pecado original e de todos os pecados pessoais.

Preparação para receber o batismo

Os pais têm obrigação de cuidar que as crianças sejam batizadas logo nas primeiras semanas de vida. Toda comunidade deve oferecer uma oportunidade aos pais de preparação para o batismo de seus filhos, levando-se em conta a necessidade e as condições dos mesmos.
A preparação deve ser entendida como um conjunto de iniciativas que
promovam pais, padrinhos e batizandos adultos, não só com doutrinação, mas também com a inserção na vida comunitária.
A Igreja diz que por ser o batismo um sacramento que incorpora o batizando à comunidade, o ideal é que tanto a preparação quanto a celebração sejam feitos na comunidade onde os pais ou batizandos adultos moram ou freqüentam habitualmente.
A comunidade, e todos aqueles envolvidos no trabalho de evangelização, tem como função tornar os encontros e os aprendizados participativos, e fraternos e atualizados, que levam os participantes a uma comunhão pessoal com Jesus. É importante usar a sensibilidade e adequar o conteúdo ao participantes. Antes de qualquer coisa, é preciso que a comunidade mostre através de gestos concretos a ação de Deus e de vivenciar em sua própria vida e na comunidade esse amor.
Crianças com até 7 anos de idade não precisam de preparação, mas crianças maiores, adolescentes e adultos devem ser inseridos na comunidade para que aprendam a importância dos sacramentos e vivenciem Deus em seu coração e em sua vida.

A importância dos padrinhos

Os padrinhos tem como papel levar o afilhado à luz, encaminhá-lo na estrada de Jesus e mostrá-lo o valor da fé, do amor e da caridade. Comumente é convidado um casal, mas é possível que seja somente um padrinho ou uma madrinha.
O padrinho que aceitar a tarefa de encaminhar religiosamente o afilhado deve ter para si sua importância neste trabalho e deve fazê-lo de livre escolha.
A Igreja pede que o padrinho escolhido tenha completado 16 anos de idade, seja católico, crismado, já tenha feito a primeira comunhão, participe da comunidade e não seja pai ou mãe do batizando.

Como é a celebração

O batismo deve acontecer em uma missa solene e festiva, é mais um filho que está nos braços de Deus. Todos devem estar cientes da importância e do momento feliz ao estar recebendo este sacramento.
Em casos de doença, a Igreja permite que o batismo seja realizado na casa ou no hospital da criança. Dá-se preferência também que o sacramento seja celebrado aos domingos, o dia do Senhor.
Quando batizados ainda criança, devem ser encaminhados para seguir a primeira comunhão e a crisma. Quando adultos, devem ser preparados e receber de uma só vez os sacramentos de iniciação (batismo, crisma e eucaristia).
Os pais têm direito a uma certidão que comprove a sacramentação do batismo.


Crisma: a confirmação do batismo


O sacramento da crisma é a confirmação na fé. Nós recebemos a graça de Deus, o Espírito Santo, no batismo que nos transforma em filhos de Deus. A vida de Deus Pai, Filho e Espírito Santo está em nós; e através da crisma recebemos a confirmação dessa vida e uma presença nova do Espírito Santo que nos dá força e coragem para vivermos nosso compromisso com Deus.
Esse sacramento é ministrado quando estivermos prontos para enfrentar a vida (na fase adulta ou adolescente). O Espírito Santo nos dará força e ensinará a viver no amor de Deus e dos irmãos.
Através da crisma, o Espírito Santo nos revela os caminhos a seguir e nos inspira em nossa missão, a fim de colaborarmos na obra da salvação de todos os homens.
A crisma deve ser orientada pelos pais ou responsáveis porém deve ser uma decisão consciente do adolescente ou adulto que irá recebê-la.

O rito da confirmação compreende 5 etapas:

1- Apresentação do crismando, mostrando sua importância;
2- Explicação do Sacramento e missão dos Crismandos;
3- Renovação das promessas, feitas pelos pais e padrinhos, do Batismo;
4- Invocação do Espírito Santo através da imposição das mãos
5- O crismando recebe a unção com o óleo do crisma, recebendo assim o dom do Espírito Santo.

Como padrinho ou madrinha deve se escolher um cristão atuante e coerente com aquilo que a Igreja professa.


Confissão: Deus presente sempre em nossas vidas

O sacramento da penitência consiste em confissão, absolvição e ato de contrição.
Na confissão os pecados são relatados a um padre, que concede o perdão (absolvição) de Deus ao contrito. O padre estipula atos de contrição, que em épocas antigas eram muito severos. Hoje, incluem orações, jejum ou esmolas por caridade.
A Igreja pede que o cristão se confesse ao menos uma vez por ano. Os pecados graves (pecados que nos afastam perigosamente da amizade com Deus e com os outros) têm de ser confessados individualmente, em tempo oportuno.
Jesus deixou a seus apóstolos o poder de perdoar os pecados. Hoje o padre continua essa missão, em nome de Jesus, na Igreja. O padre ajuda no arrependimento e procura através do diálogo encontrar os caminhos para melhorar a vivência cristã. Lembra a bondade e a misericórdia de Deus para com os pecadores arrependidos.
Como pecadores, o orgulho, o egoísmo, o individualismo, a omissão enfraquecem a nossa consciência e nos impedem de reconhecer a força do pecado e a nossa participação no mal que existe no mundo, quebrando a unidade entre as pessoas, desorientando e afastando-nos dos caminhos de Deus. Com isso passamos a adorar e servir outros deuses: a riqueza, a ganância, o poder, o prazer, as drogas, a violência, o dinheiro, etc. estes deuses se transformam em ídolos que destroem e matam a vida.
A confissão ou penitência transforma em novo homem o cristão, deixando sua alma leve e pronta ao serviço a Deus.


Eucaristia: o mais importante dos sacramentos

Um pouco de história...

A Páscoa era comemorada antes mesmo de Jesus dar sua vida por nós. Jesus pertencia ao povo judeu, que viveu 400 anos de escravidão no Egito. Quando houve a libertação, celebraram a Páscoa: passagem da escravidão para a libertação. Era uma celebração familiar, uma festa. O pão sem fermento (chamado pão ázimo) e ervas amargas recordavam os tempos de escravidão.
Também Jesus celebrou a sua Páscoa em companhia de seus discípulos. A páscoa a é o próprio Cristo. Ele é a doação do Pai aos irmãos. É o novo cordeiro imolado. Ler: Lc 22, 14-20
Um dia antes de oferecer a sua vida para salvar a humanidade, Jesus celebrou a Páscoa , uma refeição em agradecimento e louvor a Deus pela libertação da escravidão do Egito.
Entre a primeira Páscoa e a definitiva (celebrada por Jesus) passaram-se cerca de 1300 anos. Durante séculos o povo eleito esperou por esse acontecimento. Agora a antiga e a primitiva Aliança se tornou nova e eterna.
A Eucaristia, a partir de então, foi instituída como uma lembrança atualizada do único sacrifício de Cristo, no qual ele mesmo se apresenta como hóstia.
A Eucaristia possui três dimensões: do passado, como ceia comemorativa de ação de graças, como recordação da salvação da humanidade, da morte e ressurreição de Cristo. Do presente, com Jesus no meio de nós de maneira sacramental, e do futuro, como antecipação do banquete do Reino dos Céus. É antecipação da vinda do Senhor. A Eucaristia movimenta a vida da comunidade que, no dia-a-dia, é chamada a buscar constantemente a comunhão.
A comunhão com o pão e o vinho eucarísticos tem uma exigência para todo os participantes dela: a comunhão real com os irmãos.
Não pode haver Eucaristia sem haver reconciliação com Cristo. Comer do mesmo pão e celebrar o mesmo Pai é tarefa dos irmãos. E isso deve ser feito na família e na comunidade.
Comungar significa alimentar-se do Corpo, do Sangue, da alma e divindade de Jesus Cristo, e antes de mais nada colocar em prática as palavras de Deus.
A Eucaristia consiste em pão e vinho, é a cerimônia de um sacrifício, no qual Cristo é oferecido em expiação a Deus pelos pecados, portanto também chamada de sacrifício da missa. Os que participam da cerimônia recebem a remissão de seus pecados em conseqüência da morte sacrifical de Jesus.


Matrimônio: uma aliança entre o casal e Deus

O sacramento do matrimônio é uma aliança, similar a aliança de Cristo com a sua Igreja.
Deus criou homem e mulher a sua imagem e semelhança. Desde o dia em que cheios de ternura e graça o homem e a mulher descobrem esse amor, tornam-se "companheiros de eternidade". Por isso consideramos o matrimônio um sacramento indissolúvel, uma vocação, um apelo a santidade, onde a oração conjugal e familiar deve fazer parte do dia-a-dia do casal e filhos.
O amor entre um homem e uma mulher, como filhos de Deus, deve possuir respeito, dignidade e responsabilidade, deve ser cultivado em sua plenitude. Mesmo nas tensões, o homem e a mulher crescem em sua humanidade, cultivando seus dons e fazendo uma experiência profunda do amor de Deus. Nesse ambiente de amor e solidariedade acontece a geração de novas vidas.
A fidelidade é a maior prova de amor. Deus é fiel para conosco, nunca nega o que nos prometeu. O matrimônio cria um laço tão profundo que não imaginamos que ele possa ser desfeito.
Na Carta aos Efésios 5, 25-33, Paulo mostra como deve ser a vida e o relacionamento entre marido e mulher. Uma união edificante e duradoura.


Ordem: uma prova de confiança no homem

O sacramento da Ordem é a concessão do direito de administrar os sacramentos da Igreja, anunciar o Evangelho e ajudar o povo a viver e a celebrar a sua fé em família e em comunidade. O ministro ordenado é missionário da paz, da justiça e da unidade, promove a palavra de Deus, anuncia o Cristo libertador; imita Jesus que nasceu, trabalhou e viveu no meio do povo.
Ser padre é continuar a missão de Jesus, ajudar os necessitados, orientar e participar da luta por uma comunidade melhor.
Pelo sacramento da Ordem, o Espírito Santo chama alguns cristãos para o serviço ministerial à comunidade, ou seja assumem este trabalho concretamente.
O ministro ordenado pode ser: Diácono, Sacerdote ou Bispo.
O Diácono presta serviços em todas as áreas da Igreja, administra os sacramentos do Batismo, Unção dos enfermos e Matrimônio. O Sacerdote é pai espiritual, administra o Batismo, Matrimônio, Confissão, Eucaristia e Unção dos enfermos. O Bispo coordena a Igreja local, a comunicação entre as comunidades e garante a ligação da Igreja local com a Igreja universal; administra os sacramentos da Ordem e Crisma.
Em Mt 10, 1-16 entendemos melhor o que Deus diz sobre a missão daqueles que são escolhidos por Jesus e consagrados para servir a comunidade.


Unção dos Enfermos: força espiritual e física

A unção se destina a dar aos doentes e necessitados força espiritual e consolo.
O padre unge a pessoa com óleo quando ela estiver doente, tiver mais de 60 anos ou ainda antes de uma cirurgia grave.
Antigamente o óleo era utilizado para curar os doentes, como uma força de Deus. O bom samaritano recebeu óleo em suas feridas. O óleo usado é o que é bento na Quinta-Feira santa, como sinal de Cristo, que alivia a dor e restitui a vida. Deus, que nos acompanha sempre, está do nosso lado com sua graça, através do sacramento da Unção dos Enfermos.

A doença nos tempos antigos

No tempo de Jesus, a doença era tida como maldição. Jesus colocou-se contrário a esta mentalidade: curou muitos doentes e de todos os males, restituindo ao mesmo tempo a saúde e a paz. Seus discípulos foram convidados a fazer o mesmo. A comunidade primitiva viveu com intensidade esse sacramento.
Com o tempo, esse sacramento que era dado para restituir a saúde aos doentes, foi sendo ministrado apenas aos moribundos inconscientes, como uma espécie de passaporte para a eternidade. Houve uma redução demasiada da Unção dos enfermos, que passou a ser chamada de Extrema-Unção, a partir do século XII.

Efeitos da Unção dos enfermos

A presença de Cristo leva o doente ao conforto e a esperança. Assim o necessitado não se sentirá abandonado.
Ainda o perdão dos pecados, sobretudo em casos de impossibilidade de confissão, trazem alento novo a vida do enfermo. Há muitos casos em que a saúde física é restabelecida.

Oração dos Sacramentos

"Senhor, tu sabias que os homens precisavam de sinais para te compreender. E por isso não duvidaste um instante sequer em te tornares sinal para nós: aceitaste um corpo humano. Mas foste mais longe ainda: para nos transmitires a abundância da tua vida divina, usaste sinais para nós te entendermos melhor. E para que nunca ninguém pudesse dizer que não te pôde encontrar, deixaste os sacramentos na Igreja. Nestes sacramentos, tu te encontras com quem quiser encontrar-se contigo.
Obrigado, Senhor. É muita bondade tua. Agora me preparo e faço questão de me encontrar contigo. Amém!"

Os Sacramentais - Agentes da Graça

Quando usamos com devoção um sacramental, colocamo-nos sob a proteção das bênçãos da Igreja.

“A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!”. (II Cor 1,2)

A palavra sacramental significa "algo semelhante a um sacramento", mas há uma grande diferença entre um e outro. Os sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio) foram instituídos diretamente por Jesus Cristo para dar a graça santificante às nossas almas. Por meio deles, obtemos a graça santificante que apaga o pecado ou, então, aumentamos a graça que já possuímos. Já os sacramentais não conferem a graça em si, à maneira dos sacramentos, mas são caminhos que conduzem a ela, ajudando a santificar as diferentes circunstâncias da vida. Os sacramentais despertam nos cristãos sentimentos de amor e de fé.

Quais são os sacramentais

Os sacramentais podem ser constituídos por ações ou objetos. Os objetos são, por exemplo, artigos de devoção consagrados pela Igreja: velas, palmas, crucifixos, medalhas, terços, escapulários, imagens do Senhor, da Virgem e de santos. As ações podem ser as diferentes bênçãos e exorcismos concedidos pela Igreja através de seus bispos e sacerdotes. Algumas bênçãos têm a finalidade de dedicar alguma coisa ao culto divino, como, por exemplo, um cálice, um altar ou paramentos litúrgicos. Outras se destinam à invocação de proteção e misericórdia de Deus sobre uma coisa ou pessoa, como um automóvel, um lar ou um doente.
Outro tipo de sacramental é o exorcismo, que se dá quando a Igreja exige, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto sejam protegidos contra a influência do maligno.

Como agem em nós os sacramentais

Quando usamos com devoção um sacramental como, por exemplo, a água benta ou uma medalhinha benta, colocamo-nos sob a ampla proteção da Igreja. Mas essa ação da Igreja só será eficaz se nos dispusermos a aceitar o amor da Providência divina e a consciência de nossa total dependência de Deus. Esta é a dupla raiz da eficácia dos sacramentais: a oração da Igreja e a disposição interior de quem os usa.


A água benta

Um sacramental que nos é muito familiar é a água benta, que é a água comum abençoada pela Igreja, tornando-se, assim, um sacramental. Ao abençoar a água, o sacerdote dirige-se a Deus dizendo: “Deus eterno e todo poderoso, quisestes que, pela água, fonte de vida e princípio de purificação, as nossas almas fossem purificadas e recebessem o prêmio da vida eterna. Abençoai esta água para que nos proteja neste dia que vos é consagrado, e renovai em nós a fonte viva da vossa graça, a fim de que nos livre de todos os males e possamos aproximar-nos de Vós com o coração puro e receber a vossa salvação”.
Isso é água benta: um elemento comum da vida cotidiana que a Igreja transformou em instrumento de graça, embora não portador direto da graça, como são os sacramentos.
Da utilização da água benta, com devoção, em nome de Jesus Cristo, nasce o refúgio sob a Oração da Igreja.
Num lar católico, é bom que haja água benta além de velas ou círios bentos, bem como o crucifixo.


O crucifixo e as velas

O crucifixo é um sacramental de fundamental importância na vida do católico. É o símbolo que mais claramente nos lembra o amor de Deus pela humanidade, pois é a imagem de Seu filho morto na cruz pela salvação dos homens, levando-nos ao arrependimento das nossas faltas, atenuando nossas aflições e contrariedades. É colocado numa parede ou sobre um móvel e também nos quartos de dormir.
Além do crucifixo, círios, velas ou lamparinas colocados ao lado da cruz ou em algum outro lugar da casa, também são sacramentais muito comuns e, sobretudo, importantes, pois se representam como símbolo de Cristo, Luz do Mundo. O uso de lamparinas ou velas como elementos de culto religioso é uma prática universal na história da humanidade. E a Igreja santificou esse simbolismo prescrevendo o uso de velas na maioria dos cultos. Durante a Missa, por exemplo, devem arder duas ou mais velas, o mesmo acontecendo na administração da maioria dos sacramentos.

O escapulário lembra nossa dedicação à Mãe de Deus e nossa Mãe.

O escapulário do Carmo é um sacramental bastante difundido entre os católicos. Consiste em duas peças retangulares de lã marrom, unidas por duas fitas ou cordões levados sobre os ombros. O costume de usar o escapulário data da Idade Média, quando os leigos ingressavam nas ordens religiosas como “oblatos”, podendo participar das orações dos monges e também usar o escapulário monástico. O escapulário mais difundido é o da Ordem Carmelita. Sua popularidade advém da promessa que a Virgem do Carmo teria feito a São Simão Stock (carmelita do século XIII) de que ninguém morreria em pecado mortal se usasse o seu escapulário.
O escapulário de pano (cujo nome se origina da palavra latina scapula, que significa ombro) pode ser substituído por uma medalha-escapulário que se traz constantemente sobre o corpo.


O exorcismo, um sacramental muito especial

O exorcismo é um sacramental pelo qual a Igreja, em nome de Jesus Cristo, ordena publicamente e com autoridade, que uma pessoa ou objeto sejam protegidos contra a influência do maligno e subtraídos a seu domínio. A possessão diabólica tornou-se rara porque, por sua morte, Jesus redimiu a humanidade a anulou o poder de Satanás. Por essa razão a Igreja é muito cuidadosa antes de permitir um exorcismo, procurando averiguar se se trata de um caso de possessão real ou de um desequilíbrio mental ou algum outro tipo de perturbação psíquica.
Só o sacerdote nomeado pelo bispo pode realizar o exorcismo e a Igreja exige que se guarde segredo por parte de todos os que dele participam.


As bênçãos protetoras

Muitos desconhecem a grande abundância de bênçãos que fazem parte do depósito de sacramentais da Igreja. Existe uma bênção, ou seja, uma oração oficial, para, praticamente, cada ação importante na vida humana ou, ainda, para cada necessidade humana.
A Igreja abençoa, por exemplo, as crianças, as mães, os enfermos, a casa, os alimentos, o pão, os instrumentos, as vestes, os campos, as plantações, os animais, os veículos, a escola, as bandeiras, etc. Por isso, o Vaticano II diz: “... quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus”.
(Sacrosanctun Concilium, 61).