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ORAÇÃO À SAGRADA FACE Ó meu Jesus, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que a vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-a para nosso coração, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém. ORAÇÃO DA AMIZADE Senhor, quão poucos são os verdadeiros amigos, porque imperfeitos, limitados! Muitas vezes decepciono-me, esquecido de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição, uma santidade e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque humanos. Fazei-me, obstante as dificuldades, bondoso e verdadeiramente amigo para com todos, sem nada esperar, nem mesmo um só agradecimento. Sois, Senhor, o melhor e mais perfeito amigo entre todos os meus amigos. Vós que me amais com um amor perfeito, ensinai-me a amar com o Vosso coração, a olhar com Vossos olhos e a viver sempre como testemunha digna da profunda amizade e amor que sempre tivestes e tendes para comigo. Amém. Envie sugestões e duvidas para



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MATRIMÔNIO E SEXUALIDADE
MATRIMÔNIO E SEXUALIDADE

Fiel e exclusivo: fins da sexualidade conjugal

Por: Nancy Escalante

Partimos do fato que a sexualidade é um dom mútuo, é união da carne de duas pessoas, homem e mulher, é o ato através do qual eles se tornam uma só carne. Aqui existe uma dimensão espiritual; quando se realiza, expressa e manifesta a ação unitiva que procede do amor conjugal. É através do ato conjugal que se realiza a doação-entrega-recepção, sendo um ato de amor conjugal com uma dimensão unitiva. Neste sentido, somente o amor divino conhece uma união amorosa mais profunda do que a elevada ao sacramento do altar.

São Tomás de Aquino explica que, através do matrimônio, o homem e a mulher formam uma comunidade com a finalidade de ajudar-se na vida matrimonial e familiar. Neste sentido, o fato de que a sexualidade humana não somente aconteça em períodos de fertilidade da mulher indica que – além da dimensão procriadora – existe a dimensão unitiva, sendo que o ato conjugal é algo mais do que o encontro entre dois sexos, é o encontro entre duas pessoas.

A dimensão amor–unitiva e a dimensão procriadora se encontram fundidas em um só ato e são inseparáveis. Portanto a fecundação é a expressão do amor conjugal que, por ser pleno e total, une os esposos, dando lugar à transcendência do amor e do seu ser.

O ato sexual conjugal, ao ser um ato de amor, deve estar ordenado à união e, portanto, à procriação. O Concílio Vaticano II afirma (const. Gaudium et spes, 50): “O matrimônio não é somente para a procriação, mas a natureza do vínculo indissolúvel entre os cônjuges e o bem da prole exigem que o amor mútuo dos esposos se manifeste e amadureça”.

A finalidade amorosa-unitiva é, por natureza, a finalidade imediata do ato conjugal, ou seja, personaliza o ato conjugal.

Quanto à finalidade procriadora, trata-se do ato natural da pessoa-homem que fecunda a pessoa-mulher, é o ato de fecundação dirigido, portanto, a gerar filhos. Assim se explica o que ensina o Concílio Vaticano II, o matrimônio e o amor conjugal se ordenam à prole.

Portanto:

O ato conjugal, como expressão e manifestação do amor conjugal, não é lícito nem honesto fora do casamento. A relação sexual extra matrimonial é uma falsidade, não é um ato de amor verdadeiro, ao contrário, é um ato egoísta.

Tudo que for contra os fins do matrimônio é desonesto, como o uso de preservativos, o onanismo, a sodomia, a masturbação e a bestialidade, que constituem graves degradações do amor homem-mulher, uma vez que despersonalizam e vão contra a dignidade e a natureza da pessoa humana.

Privar a sexualidade de sua potência procriadora, por qualquer meio, seja cirúrgico, mecânico ou químico, degrada e destrói o amor conjugal, e quando se chega ao aborto ou ao infanticídio se comete, além disso, um crime contra a vida humana.

De acordo com Gen 2, 18-24 e com a const. Gaudium et spes (n. 48), o casamento é a comunidade formada pelo homem e pela mulher unidos nas potências naturais do sexo, formando uma unidade na natureza que é, por sua vez, uma comunidade de vida e de amor.

Esta comunidade de homem e mulher é a sociedade primária e nuclear da Humanidade: o núcleo fundador da família, primeira expressão da sociabilidade humana: (const. Gaudium et spes, 12).

Segundo afirma o Concílio no c. 1055, e considerando o casamento um consórcio para toda a vida, ordenado – por sua própria índole natural – ao bem dos cônjuges e a geração e educação da prole, resulta óbvio que o bem dos cônjuges compreende a ajuda e o serviço mútuo.

Neste sentido, com base nos textos bíblicos, o texto-chave é Gen 2, 18-24:

Não é bom que o homem esteja sozinho; a pessoa humana é social por natureza, com uma essencial abertura ao outro pelo amor e pela cooperação em tarefas comuns. Diante da solidão do primeiro homem, Deus propõe dar-lhe uma ajuda e essa ajuda é uma mulher. Ambos se unem como esposos, formando o primeiro núcleo familiar, a primeira comunidade conjugal, baseada na ajuda mútua e, pela diferenciação sexual, na geração e educação dos filhos. Este é o bem dos cônjuges, ao qual o casamento está dirigido. É preciso interpretar esta ajuda recíproca como própria de uma comunidade de vida e de amor, como uma relação interpessoal para o aperfeiçoamento recíproco material e espiritual, ao mesmo tempo que de participação na tarefa comum que o casamento supõe: a família, isto é, o lar, os filhos, as necessidades da vida pessoal e privada, etc.

Quanto ao bem dos cônjuges, trata-se de uma finalidade obtida pelo mesmo casamento, ou seja, pela vida matrimonial que torna o casamento uma comunidade de vida e de amor. O casamento contém em si tudo o que for preciso e conveniente para a obtenção desses fins. São, portanto, fins imediatos, e deles o casal recebe suficiente razão de ser e de bondade.

A finalidade da procriação e educação da prole não é a finalidade imediata do casamento, embora os filhos sejam concebidos no casamento, através do dom mútuo. É, portanto, a finalidade última, porque a comunidade conjugal está ordenada a procriar e educar os filhos no seio familiar: por este motivo, o matrimônio deve ser o núcleo da família. Gaudium et spes, 50.

Bibliografia

Juan Pablo II. Homem e Mulher: Teologia do corpo. 3ra edição. (1999) Ed. Palabra.

Sarmiento A. El matrimonio cristiano. Ed Eunsa. Navarra. Espanha.



As causas e conseqüências das dificuldades em torno da sexualidade no casamento

Por: Liseane C. Almada Selleti

• Quem casou para não ser feliz?

Através da pesquisa realizada no inconsciente pelo método ADI (Abordagem Direta do Inconsciente) constata-se que a pessoa quando faz a escolha pelo matrimônio somente alcança a verdadeira felicidade quando está voltada para o outro e não para si mesma, pois o ser humano existe para o outro.

Assim, o casamento é o encontro de duas pessoas que se unem para fazer o outro feliz e ao verem a felicidade do seu companheiro encontrem a sua.

Porém, inúmeras pessoas vivem num grande engano de querer encontrar a sua felicidade sozinha, e começam a cobrar o amor numa atitude egoísta em vez de dá-lo. Quem não dá amor não recebe amor. aliás , recebemos aquilo que damos. então se quisermos receber amor deveremos dar amor, se não dermos amor receberemos tudo, menos o amor.

Tenho encontrado muitos problemas de ordem conjugal e a maioria deles esbarra na questão da sexualidade.

O sexo foi criado por Deus para a felicidade do ser humano desde que vivido na sua dimenSão para a qual existe dentro do ser humano. já escrevi noutro artigo e vale a pena relê-lo sobre o amor conjugal para que você possa entender melhor a importância deste aspecto na vida conjugal. O sexo é a experiência da doação, onde um mais um não são dois, mas um, onde homem e mulher podem fazer deste momento um encontro profundo de comunhão. Esta comunhão é tocada somente se este encontro for de profunda entrega no intuito de fazer o outro feliz.

O casamento é uma das maiores alegrias que se pode viver aqui nesta existência. O problema é que as pessoas não foram orientadas para esta forma de vida, para como viver a vida a dois, pois não sabem que precisam perder muitas vezes a vontade, a opiniào, perder algo de si, para encontrar algo muito maior e mais profundo que as leve para uma vida de mais alegria, plenitude e sentido.

Na maioria das vezes os casais não vivem nesta dimenSão de plenitude, porque possuem problemas psicológicos, os quais bloqueiam a sua capacidade de expressar o amor.

O sexo no casamento é a expressão do amor no físico, daquele amor que se iniciou na dimenSão noologia, passou pelo afeto e se derramou no físico. A sexualidade só completa um ser humano quando ela é vivida para a expressão do amor para com o outro.

Devido aos problemas que a maioria das mulheres carrega dentro de si por heranças psicológicas, bloqueios em sua sexualidade, lhes parece que o homem tem mais necessidade de sexo que a mulher, na verdade ele quando procura sua companheira, procura o Amor. No casamento quando se tem compromisso um com o outro e esse compromisso é para sempre, o sexo deixa de ser um desejo fisiológico e passa a ser a resposta e a fonte de amor para alimentar a união dos dois, ela devido aos seus condicionamentos interpreta o desejo, a atitude dele como sendo sexual e não de amor, e consequentemente passa a repulsí-lo. O que parece que o homem tem mais desejo que a mulher, não é uma verdade, o problema está nos bloqueios que ela carrega e que consequentemente inibem seu desejo. Estes bloqueios a fazem sofrer muito.

Vou percorrer um caminho com você para ajudá-lo(a) em seu matrimônio, para isto,

relato um trecho de terapia onde o inconsciente revela as causas e as conseqüências dos problemas conjugais na írea da sexualidade.
Paciente do sexo feminino, trís para terapia sua dificuldade de relacionamento conjugal, como dificuldade na írea sexual, não gosta, evita seu marido, ciúmes, insegurança...

Na 3a. Sessão o inconsciente indica para ser trabalhado o 4o mês de gestação. Segue o relato:

P. A Mãe está cozinhando, e o pai chega reclama da comida que não está pronta. Xinga e fica bravo porque a Mãe atrasou com o almoço.

T. O que houve antes que nos ajuda a entender porque o pai reagiu assim?

P. O pai vê a Mãe lavando roupa, limpando a casa e fica bravo porque a Mãe dá mais importância para a casa do que para ele.

T. Tem um antes que nos ajuda a entender a reação do pai, porque isto é uma interpretação dele.

P. Ele vê a Mãe cuidando dos filhos, ela dá comida para minha irmãzinha e ele fica com ciúmes pensa: ela ama mais as crianças do que a mim, estou em 2o plano.

T. Isto é uma interpretação do pai, fale ao seu inconsciente que tem um antes onde tudo começou.

P. estão no quarto, o pai procura a Mãe para uma relação e ela recusa, vira de costas e fala que está cansada.

T. E o pai como reage?

P. Fica bravo, triste, vira de costas e pensa: ela não me ama, sou um fraco, incapaz de amá-la, de despertar alegria e prazer nela. Sou incapaz de fazê-la feliz

Comentario:

A maioria dos homens quando vivenciam esta rejeição acolhem o problema como sendo deles, eles assumem como sendo eles a causa do desamor dela.

• Entende que ela não o ama

Diante deste fato o homem tem reações e em cada um se expressa de uma maneira diferente dependendo da sua estrutura psicológica, espiritual, de seus registros e seus condicionamentos que carrega de sua infância ou gestação. Em alguns casos o homem reage com agressividade, outros ficam calados no dia seguinte, não ajudam,à‚ôpois sentem-se inúteis, outros saem com os amigos, outros vão beber para esquecer, outros procuram outra mulher, na maioria das vezes esses que procuram outra não é com o interesse de trair a esposa, mas para saber se têm problema ou não, muitas vezes a mulher traída é a outra e não a esposa, pois ele não a esquece, o problema é quando passa a receber o amor que a esposa não expressa por possuir problemas psicológicos; o que vamos ver a seguir, outros saem com amigos porque sentem-se acolhidos e amados por eles, outros se enterram no trabalho, ele chega tarde em casa e a esposa está pronta para brigar, assim ele entende que é amado, pois passa ser a forma como ela expressa ou deixa o amor sair, na briga ela mostra que sente falta dele. Assim a mulher reage e o que acontece é o que chamamos de jogo conjugal, como um jogo de ping-pong, um atinge o outro cobrando amor e não dando amor.

então, muitos casais brigam não porque o amor acabou, mas porque têm problemas de ordem psicológica e não da ordem do amor como já falei em outros artigos.

Daí o homem reage e a mulher se magoa com sua reação, e não sabe ela que é conseqüência de seu fechamento ao amor. Claro que se a reação do homem for fora do normal é porque ele também tem registros negativos que se acionam com o desamor dela e que precisam ser tratados também.
Vale dizer que a natureza do homem não foi feita para trair, ser estúpido, dar preferência aos amigos, não ajudar, pelo contrário, o homem se realiza ao lado de sua esposa e seus filhos. É o que ele quer e deseja. Diante desses fatos me adianto em uma pergunta: a solução está na separação, ou no esforço de cada um em buscar as soluções para as dificuldades? Pois estes bloqueios também são levados para outro relacionamento. E as pessoas pensam que a separação resolve um problema, pelo contrário cria-se mais outros tantos problemas.

Continuamos o relato do caso acima:

Continuemos no relato da terapia sobre o inconsciente.

T. E o bebê como reage no útero?

P. Se encolhe, (como é uma menina) conclui: meu pai é mal, não ama minha Mãe, os homens são maus, não vou amí-los, vou ser distante, vou ser como a Mãe. não vale a pena amar pois amar faz sofrer...

Comentario:

Se é um menino no ventre da Mãe, ele pode se identificar com o pai, concluir que é mal, e para não ser mal decide não ser homem. Noutros casos vemos o menino concluindo que não presta, que é incapaz como o pai, que vai ser distante das mulheres para não faze-las sofrer, daí surgem os problemas por exemplo com a identidade sexual, homens que abandonam, homens que não assumem compromissos, e assim por diante.

Isto não é uma regra, somente aproveito do exemplo para mostrar como seriam as conseqüências no homem, se fosse o bebê um menino.

Aproveito também para alertar, que esse pai é visto como ruim pelo condicionamento que a Mãe carrega sobre os homens, e passa de “graça” um registro negativo para sua filha ou seu filho. Portanto, é importantíssimo um auto conhecimento para ver se não estamos passando para nossos filhos uma inverdade sobre o pai, sobre os homens, sendo que a dificuldade desse pai é somente uma reação pela falta de expressão do amor por parte da Mãe.

Voltemos ao caso terapêutico:

T. Como essas decisões se expressam na sua vida?

P. O inconsciente mostra esta paciente se afastando sexualmente de seu marido.

T. Pergunte ao seu inconsciente qual o nà‚ú que explica a dificuldade de sua Mãe.

P. 03. É o 3à‚ú mês de gestação, ou seja, quando sua Mãe estava na barriga da avó.

P. Vô chegou em casa bêbado, e a avó discutiu com ele.

T. O que aconteceu antes dele beber?

P. Ele foi dar um abraço nela na cama e ela empurrou ele.

T. O que o seu avô concluiu?

P. Sou um nada, impotente, incapaz...

Comentario:

Veja -se que aqui o avô entende que ele não é amado e é incapaz. Muitas vezes o homem transfere esta incapacidade para sua írea profissional, relacional e social, bloqueando até o sentido de sua vida.
Claro que este avó tem um problema para precisar beber após uma rejeição sexual, fomos Atrás do problema do avô que se acionava nele pela rejeição de sua esposa. não vou relatar aqui para não me estender muito, e não fugir do meu objetivo.

Perguntei, com o objetivo de saber a causa da avó rejeitar o marido e apareceu outra cena de repetição da mesma atitude, também não vou relatar para não ficar muito extenso. E o inconsciente mostrou que tudo começou a 28 gerações Atrás da bisavó.

Fomos investigar o que ocorreu, apareceu um estupro com uma menina de 12 anos. Esta concluiu que todos os homens são iguais, não prestam, não AMAM, e transmitiu àsgerações futuras a não confiar nos homens, não amar porque o amor faz sofrer, que as mulheres são vítimas, usadas e objeto e que os homens só pensam em sexo, e que sexo é pecado, nojento e ruim.

Perguntei como isto se expressa na avó, na Mãe e nela?

O inconsciente respondeu: avó, a Mãe e eu pensamos que nossos maridos nos procuram somente para sexo, e sexo como sendo algo agressivo, nocivo, pecado e não para o amor, que eles são maus como aquele antepassado, que eles querem nos usar...

Comentario:

A partir de um fato desses se lança aos descendentes que todos os homens são iguais e se separa o sexo do amor, e as mulheres passam a ver o sexo, a aproximação do homem como interesse sexual, como uma maldade, e não uma aproximação para o amor. Há dessa forma uma distorção do sexo, da afetividade, e as mulheres passam a rejeitar seus maridos como se estivessem rejeitando ou se vingando daquele homem que cometeu aquela maldade lí Atrás com aquela menina.

Veja, que este condicionamento na maioria das vezes não permite a mulher expressar o amor, ela ama seu marido, seu companheiro, mas não demonstra.

É um grande sofrimento para a mulher.

Estes condicionamentos atingem os homens refletindo-se em problemas neles também. Muitas vezes a mulher rejeita ou acusa o homem para que este lhe dê motivos para ela brigar e rejeitar ou ter até a desculpa para não amar e separar-se. Ela não faz isso consciente, é inconscientemente.

Daí parte-se para a decodificação desses condicionamentos e registros negativos que se herdou de gerações Atrás, para que a nível de inconsciente a pessoa seja livre e possa ver em seu companheiro o homem verdadeiro que existe dentro dele, o homem capaz de amar e ser amado, que na maioria das vezes ela está fechada e olha para seu marido com a interpretação dos seus condicionamentos, que carrega de sua infância, gestação, e ou antepassados.

Deus colocou no homem e na mulher a mesma capacidade de amar, porém fez o homem como um botào de rosa fechado e a mulher como um botào de rosa aberto, para que eles se complementassem.

O homem ama na medida em que se sente amado, e se a mulher for fechada ele permanecerí fechado também, e fecharí seus filhos. Portanto a mulher tem um papel fundamental na expressão do amor de seu esposo, quero dizer, para que ela se sinta amada é preciso amar.

Costumo dizer, como expressei acima, que o homem é como um botào de rosa fechado e a mulher como um botào de rosa aberto por causa da maternidade, portanto o botào da rosa do homem se abre quando é tocado pelo amor da esposa, da Mãe, se ela é fechada no amor, o botào permanecerí fechado. O homem, ele aprende a amar com a Mãe, se esta Mãe era fechada no amor consequentemente ele também o é, e depois o inconsciente o acessorarí a buscar uma esposa que seja a continuidade afetiva de sua Mãe.
O homem é uma criatura pura, a mulher por conta de seus condicionamentos é que tem dificuldades em ver esta pureza, e ela sofre, ainda que inconscientemente, por não conseguir ser livre para amar e reconhecer o amor no no seu esposo.

Os problemas na mulher por não amar muitas vezes aparecem através de somatiizações de doenças em seu organismo, problemas psicológicos, etc.

É importante que o homem, seu companheiro, a ajude a identificar tais bloqueios para que possam juntos fazer este caminho do amor, e não bloqueiem o percurso do amor que um dia nasceu neles, ou a semente que foi lançada nos seus corações.

Estí aí uma das grandes causas responsáveis pelo desajuste conjugal e problemas na expressão do amor.

O meu objetivo com esta exposição acima foi de responder aos inúmeros e-mails recebidos.

então a solução para os seus problemas não está nas discussões, brigas e separação.

Muitas vezes esses condicionamentos levam a mulher ou homem a idealizar uma pessoa, e não se permite encontrar com esta que está ao seu lado, pois transfere para ela todos os condicionamentos de seu inconsciente, não se permitindo ver que este ou esta que está ao seu lado é a pessoa ideal e perfeita.

Vale a pena tirar essas cortinas que fecham nossos olhos, ouvidos, pensamento e coração, para vermos, percebermos e sentirmos que estamos com a pessoa certa.

O casamento dá certo para quem se esforça, para quem quer que dê certo, e o primeiro passo é buscar a minha mudança, e não a do outro, pois o outro muda a partir do meu amor e da minha mudança, e não da cobrança.

A solução está em primeiro lugar numa reflexão para se auto-conhecer, conhecer o outro e observar o que é problema psicológico, o que é bloqueio e o que é AMOR, para não nos deixarmos enganar e descobrir que existia amor entre “nós“, entre o casal, quando for tarde demais e não for mais possível um reajustamento.

Basta boa vontade de se ajustar, vale a pena pelos seus filhos e pelo amor que um dia os uniu e que foi semeado e brotado dentro de cada um. Este amor não acaba ou vai embora, ele fica escondido a espera de ser encontrado novamente.

Deixarei aqui um site para o conhecimento de vocês, de como poderão ter acesso a esse tipo de tratamento, já que muitas pessoas solicitaram ajuda: www.fundasinum.org.br , temos também em Curitiba a oferta desse tratamento para pessoas carentes de recursos financeiros. Neste site encontra o endereço para contato e maiores informações.

Um forte abraço e meu desejo que estas minhas palavras possam lhe abrir uma porta e você enxergar uma luz à‚ôpara o começo de uma vida a dois plena como Deus a programou para você , e preparou você para esta plenitude.

Deus fez tudo perfeito, nós que complicamos. então vamos descomplicar? Começando por mim mesmo? O outro mudarí a partir de minha mudança.

Deixo a você meu abraço, desejoso de que você se esforce para encontrar a plenitude que Deus deseja para você. Vale a pena!!!! Coragem!!!!



Amor Conjugal (Sexual)

Por: Liseane C. Almada Selleti

O Amor conjugal é o que chamamos de Amor sexual, expresso pelo encontro na intimidade de duas pessoas, homem e mulher, que se escolheram para cuidar um do outro por toda a vida.

O que é o sexo?

É o transbordamento do Amor no físico. Transbordamento de qual amor? Daquele Amor Efetivo, que é da dimensão humanística ou espiritual, que o Eu Pessoal traz lá do momento da concepção quando se vê vindo daquela Luz, pois quando surgimos da Luz, saímos dela contendo toda a capacidade de Amar da Luz, todas as “ferramentas” necessárias para expressar esse Amor do qual somos originários.

Quando a pessoa aborda o seu inconsciente, se vê recebendo da Luz qualidades específicas para poder desenvolver na sua vida o sentido para o qual foi convidada a existir pela Luz, por exemplo, qualidades, capacidades, como: paciência, respeito, fé, capacidade de perdoar, compaixão, inteligência, Amor, serviço, humildade, sabedoria... para que ela possa expressar o Amor Efetivo e viver o Amor Afetivo para poder ir ao encontro do outro na mais profunda intimidade e realizar o encontro sexual, como conseqüência dessas duas dimensões do Amor...

Para que este encontro íntimo, sexual, seja pleno, se faz necessário muita confiança no outro, é preciso vê-lo(a) como alguém que quer o bem para o outro, para que haja uma entrega sem limites, sem medo, sem desconfiança, sem “pé atrás”. E quando eu sei que outro quer o bem para mim? Quando os dois vivem a expressão do AMOR EFETIVO.

Para isto é necessária uma convivência para que o casal possa sentir a expressão do Amor que se encontra no Eu Pessoal de cada um, na sua essência, que é o AMOR DA LUZ, e nós sabemos reconhecê-lo, porque este mesmo amor está dentro de cada ser.

É como se neste Amor da Luz, em nós, tivesse um código de barras, e que quando o amor é expresso, o código do outro faz a leitura, e quem o “lê” se abre, se entrega ao outro, permitindo o encontro na dimensão da intimidade, se o Amor for mesmo o AMOR DA LUZ que encontra no outro. Aí já não são duas pessoas a se encontrarem, mas uma só nesse Amor.

Rebe, um rabino de suma importância nos Estados Unidos diz: “se você está próximo quando deveria estar distante, estará distante quando tiver que estar próximo”. Estará distante porque a natureza humana cobra a expressão do Amor Efetivo.

É o Amor, o desejo de querer o bem para o outro (Amor Efetivo, vale relê-lo) que passa pelo afeto, pelos gestos de amor, que estão relatados quando falei do Amor Afetivo e esse se derrama no físico.
Somente dessa forma, nesta dimensão o encontro sexual completa a pessoa, fora desse contexto, o que fica para a mulher é o sentimento de ser usada e no homem o de usar, ou vice-versa.

O sexo é a expressão máxima de amor entre o Homem e a Mulher que se escolheram para doar-se um ao outro por toda a vida, ou seja, o sexo é a doação de si para o outro, para que um sinta o Amor da Luz pelo outro, Amor que a esposa ou o esposo carregam dentro de si.

O inconsciente revela também, que duas pessoas, homem e mulher quando se encontram nesta dimensão profunda de amor, como expressão do Amor Efetivo, no momento do prazer não são duas pessoas que estão ali juntas, mas uma em Deus, é um encontro profundo com Deus, e a natureza humana busca isto. Esta busca, este desejo não nos foi ensinado, nos foi dado, veio junto ao EU PESSOAL, no momento em que surgimos da Luz.

Um filósofo nos anos 330, diz assim:Ninguém nos ensinou a aproveitar a luz ou a defender a vida acima de tudo; também ninguém nos ensinou a amar os que nos puseram no mundo ou nos educaram. Do mesmo modo, ou ainda com mais forte razão, não é um ensinamento exterior que nos ensina a amar a Deus. Na própria natureza do ser vivo – quero dizer do homem – é deposta uma espécie de germe que contém em si o princípio dessa aptidão para amar. compete recolher esse germe, cultivá-lo diligentemente, alimentá-lo com zelo, e dilatá-lo mediante a graça divina. Este germe que ele se refere, é o que chamamos de Eu Pessoal.

Então, é isto que duas pessoas desejam quando se encontram sexualmente, na sua intimidade, este desejo já existe dentro delas, esta busca por esse encontro com o DIVINO, através da intimidade sexual, para aqueles que fizeram essa escolha por doar-se a outra pessoa por uma vida toda.

O sexo somente completa a pessoa quando ela tem um compromisso para sempre com a outra pessoa. Se não há esse compromisso, o inconsciente revela que há angústia, culpa, medo, vazio...

Quem se une para ver se dará certo, já tem dentro de si a disposição que não dará certo, então já pré-disposto a não fazer dar certo.

Por quê? Porque não vivem o Amor Efetivo e o Amor Afetivo para poder viver o sexual. Como disse acima, a intimidade, a liberdade, a entrega total se dá quando há expressão de AMOR EFETIVO, AFETIVO para que o encontro sexual seja de PURO AMOR e de encontro com a dimensão da LUZ. Então não há transbordamento do Amor no físico, há a aproximação de dois genitais que se encontram e buscam uma satisfação e descarga fisiológica para satisfação própria e não para doar o amor. Por isto a sensação de sentir-se usado (a).

Portanto o sexo foi criado por Deus, somos a sua imagem e semelhança. Deus o criou para ser uma das formas do Amor Efetivo sair de nós, ser expresso àquela pessoa que escolhi para fazê-la feliz, e que assumi viver do seu lado para toda a vida para doar-me a ela. E neste contexto, nesta dimensão, o prazer sexual, é um prêmio de Deus a quem vive nesta doação profunda, a quem vive para expressar o Amor Efetivo.

Então se você é casado(a), e enfrenta dificuldades na área sexual, ou tem vida sexual fora de um compromisso do para sempre, e tem problemas nesta área, já pode imaginar que uma das causas, e aqui, o insciente revela que a causa principal é a ausência do Amor Efetivo, do Amor Afetivo, e a ausência desses acarreta um vazio e falta de sentido para o encontro sexual entre duas pessoas. Como falei acima, vira o encontro entre dois órgãos genitais onde cada um quer a sua descarga fisiológica e a satisfação própria. Desculpe-me ir ao extremo, mas é o encontro que ocorre entre os animais.

Você já ouviu aquela expressão, que diz assim: Deus perdoa sempre, o ser humano às vezes, a natureza humana nunca? Pois a nossa natureza nos cobra quando não estamos vivendo de acordo com o nosso Eu Pessoal, de acordo com o AMOR EFETIVO, e ela se cobra como? Através de sintomas como: angústia, vazio, depressão, medo, culpa, pânico, dores, doenças... Então não adianta querermos sanar os efeitos se a causa não for removida ou revista. E a causa está em não expressar o AMOR EFETIVO, querer receber amor em vez de dá-lo, assim recebemos dores, angústia, depressão, pânico, depressão...

O que é a DEPRESSÃO? É a falta de sentido para viver. A pessoa pensa que já não tem sentido continuar a realizar suas atividades ou até a viver. Mas por quê? Por que ela não está deixando o AMOR EFETIVO sair de si. Ela quer receber, e a nossa natureza não se satisfaz se não der, doar-se, se não expressar, senão sair de si. Lembra que a natureza não perdoa? Esse não perdoar quer dizer, não nos deixa ir para frente se não mudarmos nossas atitudes...

Então o encontro sexual somente tem sentido se for com o propósito de fazer o outro feliz, de fazer com que o outro se sinta amado, de fazer com que o outro sinta o Amor da Luz por quem se está expressando Amor, é uma doação que muitas vezes a pessoa precisa esquecer de si, precisa pensar somente no outro.

É paradoxo, mas é a verdade, quando se perde a si mesmo por causa do outro se encontra além de si, cem vezes mais, é uma medida do paraíso que a pessoa experimenta, agora quem pensa em si fica com uma medida mesquinha, mínima, e com a sensação de que falta algo.

Então se você quer viver um amor conjugal harmonioso, completo, quer a plenitude na vivência da sua intimidade é imprescindível a vivência do Amor Efetivo e Afetivo. Caso contrário estará sempre sentindo um vazio interior, como algo que está faltando.

Após dividir com você essas verdades reveladas pelo inconsciente, deixo uma pergunta para que você reflita: Quais as conseqüências para os adolescentes e jovens ao distribuir preservativos como quer o nosso Presidente da República? Quando esses jovens descobrirem a verdade, seja aqui, ou após a morte vão pensar: não era daquela forma que eu queria ter vivido! Não era aquilo que eu queria ter feito... Mas eu não sabia! Quem vai se responsabilizar e ajudá-los no vazio existencial, na depressão, na angústia...? Quem vai responder por eles?

Então educação sexual é levar a verdade, é fazer conhecer a verdade.

É ajudá-los a fazerem suas escolhas e que se responsabilizem por elas.

Hipocrisia é não levar as pessoas ao conhecimento da verdade, e ao conhecimento das conseqüências de uma vida sexual fora do contexto para a qual foi criada.

Despeço-me de você, no desejo de tê-lo ajudado com essas verdades que não são minhas, mas reveladas pelo inconsciente pesquisado, de mais de 100 mil pessoas.

Um abraço a cada um com o desejo de que escolham pela expressão do Amor Efetivo para que você possa fazer a experiência das suas conseqüências.



Matrimônio e Eucaristia

Por: Nancy Escalante

Existe uma relação recíproca entre o sacramento do matrimônio e a eucaristia, já que ambos estão vinculados pela relação sacramental da comunhão.

O matrimônio é uma comunhão que implica permanência e vitalidade, portanto, sua estreita relação com a eucaristia e o verdadeiro sentido da relação homem-mulher, que é a aliança de Deus com sua Igreja. Deus, ao declarar-se esposo de sua Igreja, na Nova Aliança, nos revela a importância da aliança nupcial, que deve estar baseada no amor mútuo e vinculada ao Espírito Santo, dando lugar à obtenção de um coração novo, isto é, a transformação do “coração de pedra” em “coração de carne”.

Jesus, em sua entrega amorosa a seu povo, celebrada na eucaristia, pelo sinal que Ele realizou nas bodas de Canaã, evento no qual Cristo faz da Igreja seu corpo e, por sua vez, a alimenta e protege como o esposo à esposa e vice-versa. Neste mesmo sentido, são Tomás se refere ao matrimônio-eucaristia como sacramentos de comunhão plena porque implicam doação de corpo e espírito, dando lugar a uma verdadeira fusão vital no ser, já que ambos implicam a comunhão íntima com Cristo. Por isso, ambos os sacramentos são permanentes, assim como a presença de Cristo e sua ação salvadora.

A aliança matrimonial, ao ser comunhão e conduzir à mútua doação, dá lugar a uma consagração, a um caminho de fidelidade e amor para sempre ao corpo eclesial, formando assim uma igreja doméstica que implica uma missão salvífica, de pregação e de anúncio da Boa Nova.

Pelo que foi desenvolvido até agora, podemos perceber que a família é uma comunidade de vida e de amor, a qual é renovada constantemente através da fé e dos sacramentos. Por este motivo, a família deve viver em torno dos valores, dando como resultado a unidade, fidelidade e fecundidade.

O matrimônio é um sacramento que proporciona uma graça para ambos os cônjuges, no qual existe o princípio da reciprocidade, que – por sua vez – é o fundamento da eucaristia, já que esta última implica uma doação e aceitação recíprocas para uma verdadeira comunhão.

Outro aspecto importante é que a relação matrimônio-eucaristia também implica uma comunhão com a Trindade, uma vez que a ação e presença do espírito dão lugar, com certeza, a esse amor e à comunhão que leva a uma plenitude interior.


O amor não se divide

Por: Maruca Serrano de Ortega

Você já se perguntou alguma vez até que ponto são grandes os problemas do amor? Será possível que porque se ama se tem ciúmes, porque se ama se possui, porque se ama se asfixia, porque se ama se mata?

Ou será que a tudo chamamos amor e não compreendemos o que verdadeiramente significa amar?

Sabe de uma coisa? O amor não se divide, não é que cada um de nós tenha um limite para amar e Deus nos tenha dito: “Tu podes amar até 40, e tu até 60, e tu até 90”, não, Deus nos demonstrou que no amor se somava, nunca se dividia.

Quando se tem um filho, se ama em plenitude; quando se tem outro, ninguém se pergunta se ainda tem amor... Ama-se infinitamente e se soma. Assim também com os velhos e novos amigos, como no seu coração cabem os amores do passado, do presente e do futuro, porque o amor não se acaba, não tem limite, não reconhece barreiras. Então, pergunto: Serão bons os ciúmes? Se, de verdade, se ama, terei direito a exigir à pessoa amada que somente ame a mim? Por acaso, poderemos pensar que os outros não têm nada que possa ser amado? Claro que existem amores distintos, mas, em total plenitude, somente Deus satisfaz plenamente e, mesmo assim, Ele nos permitiu que o amássemos e que amássemos aos demais. Em Deus não cabem os ciúmes e por isso diz: ama-me, ama-te, amem-se uns aos outros. Porque somente nele podemos somar, agregar, crescer, ser mais.

Veja bem! Quantos você acha que cabem no seu coração? Por acaso, chegará o momento em que digamos: “Tenho que repartir meu carinho entre 10, 20 ou 40?”. Jamais, não pense assim porque você sabe que amar não é só saber somar, amar será aprender, custe o que custar, apesar dos sofrimentos, a saber doar, compreender, perdoar, que – a final de contas – isso é saber multiplicar.




A base de um bom casamento

Por: Rosario Alfaro Martínez

Considerar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher na comunicação. Os idiomas dos homens e das mulheres têm as mesmas palavras, mas as maneiras de usá-las oferecem diferentes significados. Suas expressões são similares, mas têm diferentes conotações ou ênfase emocional.

Para expressar plenamente seus sentimentos, as mulheres adotam a licença poética e usam vários superlativos, metáforas e generalizações. Os homens, erroneamente, percebem estas expressões de forma literal.

O homem está acostumado a utilizar o discurso como um meio de transmitir fatos e informação, as mulheres – pelo contrário – pensam em voz alta, compartilhando seu processo de descobrimento interior com um ouvinte interessado. Uma mulher, freqüentemente, descobre o que quer dizer através do simples processo verbal. Os homens processam a informação de forma muito diferente, antes de falar ou responder “meditam” ou pensam no que escutaram ou experimentaram internamente e silenciosamente, imaginam a resposta mais correta e útil. Primeiro, a formulam em seu interior e – a seguir – a expressam. Este processo poderia levar minutos ou horas e, para confundir ainda mais às mulheres, se não encontram suficiente informação para processar uma resposta, podem chegar a não responder.

As mulheres devem aprender que quando um homem estiver perturbado ou tenso, automaticamente deixará de falar para resolver as coisas. Ninguém poderá entrar nesta “caverna”, nem sequer os melhores amigos do homem. Depois de um tempo, eles sairão e tudo estará bem. As mulheres não devem tentar nem sequer fazer com que um homem fale antes que ele esteja preparado. Em um relacionamento íntimo, os homens precisam se sentir muito seguros antes de se abrir e pedir apoio.

Uma boa comunicação exige a participação dos dois lados. Quando um homem aprende a escutar e a interpretar corretamente os sentimentos de uma mulher, e vice-versa, a comunicação se torna mais fácil. Como acontece com qualquer arte, a arte de escutar exige muita prática.

As mulheres não falam para transmitir ou reunir informação (este é, em geral, o único motivo pelo qual um homem fala).

As mulheres falam para analisar e descobrir o que querem dizer (ele deixa de falar para procurar, dentro de si, o que quer dizer). Ela fala pensando em voz alta.

As mulheres falam para se sentirem melhor e mais concentradas, quando apresentam um quadro de preocupações (ele deixa de falar quando se sente perturbado, em sua “caverna” tem oportunidade de se acalmar).

As mulheres falam para criar intimidade: ao compartilhar seus sentimentos íntimos, são capazes de conhecer sua personalidade afetuosa (um homem deixa de falar para voltar a se encontrar, ele teme que intimidade demais o afaste de si mesmo).




O Segredo do sucesso no matrimônio

Por: Tomás Melendo *

Para ser feliz no matrimônio e aumentar o amor com o passar do tempo, não bastam apenas boas intenções.

• CASTIDADE CONJUGAL: “AMOR TRIUNFANTE DE DUAS PESSOAS SEXUADAS”.

Falar de castidade em pleno século XXI pode parecer chocante e anacrônico. Talvez porque se costuma associar – erroneamente – esse termo a um conjunto de negações completamente alheias ao amor, chegando mesmo a equipará-lo à simples abstenção do trato corporal.

Para São Josemaria Escrivá, pelo contrário, a castidade conjugal é uma virtude tremendamente afirmativa: “é uma triunfante afirmação do amor” (Sulco, n. 831). Ele explicava-o assim: “A castidade – que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada – é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida” (É Cristo que passa, n. 25).

Referida aos casados, a castidade é a virtude que torna possível que aos quinze, vinte, vinte e cinco ou muitos mais anos de matrimônio, cada cônjuge esteja tão enamorado do outro como naquele dia já distante em que os dois uniram suas vidas. E até mais: porque cada um é para o outro agora muito mais amável e arrebatador do que antes, já que o carinho prolongado leva a descobrir e aprofundar nas riquezas pessoais e na beleza do outro.

A castidade é portanto algo muito grande, excelso, positivo, que não se reduz a um conjunto de proibições: vai muito além dos domínios do mero uso dos órgãos genitais. Seu objeto próprio – como o de qualquer virtude – é o amor: neste caso o amor de duas pessoas sexuadas – homem e mulher – precisamente enquanto tais. E a sua finalidade é a de fazer com que esse carinho desenvolva-se e frutifique em todas e em cada uma das suas dimensões: não somente nas diretamente relacionadas com o trato corporal ou genital.

• AUMENTAR O CARINHO

Entende-se então que o principal e mais definitivo ato dessa virtude consista em fomentar positivamente – com as mil e uma espertezas que o engenho amoroso descobre – o amor ao outro cônjuge.

Por isso – para vivê-la em toda a sua grandeza – é oportuno que cada um dos dois dedique todos os dias uns minutos para escolher qual detalhe ou detalhes de carinho e de delicadeza empregará para dar ao outro uma alegria e para fazer subir a qualidade e a temperatura do amor mútuo. Com igual empenho deverá empregar todos os meios ao seu alcance para que as manifestações de afeto escolhidas sejam levadas à prática, para que o trabalho profissional e as outras ocupações não façam delas simples “boas intenções”.

Do mesmo modo, um marido apaixonado tem de estar disposto a repetir muitas vezes por dia à sua esposa, junto com outras manifestações de afeto, que a ama. É claro que ela já o sabe! Mas ela tem uma necessidade quase absoluta de escutar muitas vezes essa confirmação tão boa: é uma delicadeza aparentemente mínima, mas que a reconforta e lhe dá vigor para continuar na luta – às vezes ingrata – por levar adiante o lar e a família. O marido, por sua vez, além de agradecer também em muitos casos que a esposa lhe faça uma declaração paralela, precisa pronunciar essas palavras para reforçar – mediante uma afirmação expressa e tangível – a têmpera do seu amor e da sua fidelidade.

Além disso, e para pôr outro exemplo, marido e mulher devem esforçar-se também para surpreender o seu par com alguma coisa que ele não esperava e que revele o interesse e apreço por ele. Não só nas datas festivas, nas quais essas manifestações “já são esperadas”, mas justamente nos dias em que não existe nenhum motivo aparente para ter uma atenção especial... a não ser o carinho apaixonado dos cônjuges, sempre vivo e sempre crescente! Tendo em conta, por outro lado, que o importante é esse olhar para o outro, dedicar-lhe tempo e atenção, e não necessariamente o valor material daquilo que se oferece.

Na mesma linha, para viver a plenitude do amor que estamos considerando, torna-se imprescindível que os cônjuges saibam encontrar – vencendo a preguiça inicial que às vezes pode vir – momentos para estarem a sós: para conversar e descansar nas melhores condições possíveis. Sem fazer disso um absoluto, e a título de simples sugestão, uma tarde ou uma noite por semana dedicada exclusivamente ao casal, além de facilitar enormemente a comunicação, constitui um dos melhores meios para que a vida de família – e, portanto, o carinho para com os filhos – progrida e consolide-se até dar frutos maduros de qualidade pessoal. Por isso o cuidado e os mimos ao outro cônjuge devem antepor-se às obrigações de trabalho, aos compromissos sociais e até mesmo – valha o paradoxo – ao cuidado “direto” das crianças... esse cuidado irá tornar-se mais potente com o maior amor mútuo dos pais.

• FOMENTAR A ATRAÇÃO

Tendo tudo isso em vista, compreende-se facilmente que é um ato de virtude – da virtude da castidade, concretamente – fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para aumentar a atração, também a estritamente sexual, nossa e do nosso cônjuge.

Em particular, parece ser mostra de bom senso aproveitar o gozo profundo que Deus uniu ao abraço amoroso pessoal e íntimo para resolver pequenas discrepâncias ou desavenças surgidas durante o dia, para pôr fim a uma situação de desgaste, ou para relaxar naqueles momentos em que a vida profissional ou familiar dele ou dela estejam gerando tensões de um modo especial. Por isso, entre outras coisas, ambos terão que prestar atenção ao seu aspecto físico.

Além disso, é imprescindível – e agora tocamos uma questão mais de fundo e de conjunto – que ambos os esposos saibam apresentar-se e contemplar um ao outro, ao longo de toda a sua vida, pelo menos com o mesmo primor e enfeite com que o faziam em seus melhores momentos de namoro. Agir de outra maneira, deixar que o amor esfrie ou petrifique-se, equivale a pôr o cônjuge na beira de um abismo, dando-lhe ocasião para que procure fora do lar o carinho e as atenções que todo ser humano necessita.

Situada nesse horizonte vital, a mulher deve estar persuadida de que a fecundidade torna-a mais bela, e de que seu marido possui a suficiente qualidade humana para saber apreciar a nova e gloriosa formosura que provém da sua condição de mãe.

A maternidade reiterada certamente supõe romper certos “moldes e proporções” que determinados cânones de beleza feminina lutam por impor a todos nós. Mas até o menos perspicaz dos maridos, se está deveras apaixonado, percebe o esplendor que essa “desproporção” traz consigo: reconhece que sua mulher é mais bonita – e inclusive sexualmente mais atrativa – do que aquelas que se pavoneiam com um arremedo de beleza reduzido a “centímetros” e “curvinhas”.

Por pouca sensibilidade que tenha, um homem descobre encantado no corpo da sua mulher: (1) o reflexo do seu próprio amor de marido e de pai; (2) a marca dos filhos que esse carinho gerou; e (3) o cartão de visitas do Amor infinito de todo um Deus Criador, que demonstrou sua confiança ao dar a vida e fazer com que se desenvolvesse no seio da esposa cada uma dessas criaturas... Como poderá não se sentir cativado por tantos e tais enriquecimentos?

Depois de tantos anos de casado, e de relacionamento com outros casais, às vezes sinto a necessidade de pedir às esposas que sejam do “jeito que o seu marido gosta”... e alegrem-se plenamente por isso. E que nunca pretendam – sobretudo com o passar dos anos – ser “do jeito que elas próprias gostem” (elas costumam ser as críticas mais ferozes de si mesmas), nem jamais admitam comparações com amigas nem com nenhuma outra mulher... e muito menos com as mais jovens. Que acreditem piamente nos seus maridos quando eles dizem que elas estão lindas, sem fazer a mínima reserva, nem mesmo interior... Toda mulher que se entregou de verdade – esposa e mãe – deve ter a convicção inamovível de que a sua beleza radicalmente humana aumenta na exata medida em que a sua doação ao marido e aos filhos vai sendo cada vez mais atual e operativa.

• SÓ VOCÊ E NINGUÉM MAIS

A outra face da virtude da castidade – negativa em aparência, mas também derivada dessa mesma necessidade de fazer crescer o carinho mútuo – pode ser concretizada na gozosa obrigação de evitar tudo o que possa esfriar o amor ou pô-lo entre parênteses, nem que seja por poucos minutos. Essa renúncia tem, portanto, um sentido eminentemente positivo: trata-se – também nisso – de fazer com que o amor conjugal amadureça e alcance a sua plenitude. Esse ponto não deveria ser esquecido se queremos entender a fundo o verdadeiro significado da virtude da castidade, o seu valor tremendamente afirmativo.

Se pensarmos nos que estão unidos pelo matrimônio – como até aqui estamos fazendo –, essa afirmação, levada a sério, converte-se num critério claro e delicadíssimo de amor ao cônjuge. Para o homem casado não pode existir outra mulher (enquanto mulher) além da sua. Esse homem (o mesmo poderia afirmar-se, simetricamente, quanto à esposa) obviamente irá relacionar-se com pessoas do sexo oposto: companheiras de trabalho, secretárias, alunas, gente com quem coincidirá em viagens... E a educação e o respeito o levarão a comportar-se com elas com polidez e deferência. Mas não tratará nenhuma delas enquanto mulher – pondo em jogo a sua condição de homem, que já não lhe pertence – mas simplesmente enquanto pessoa.

Isso, que pode parecer à primeira vista excessivamente teórico e até artificial, tem uma tradução muito clara e prática: tudo aquilo que faço com a minha mulher justamente por ser mulher devo evitar fazer com qualquer outra, custe o que custar. Não posso compartilhar com mais ninguém as coisas que compartilho com a minha esposa.

Embora estejamos falando para pessoas aparentemente maduras, nesse ponto é muito fácil ser ingênuos. Isso porque, em princípio, depois de tantos anos convivendo diariamente com o nosso par – nos momentos de alta e de baixa –, qualquer outra mulher (ou qualquer outro homem) está em melhores condições que a nossa (ou o nosso) de mostrar-nos – intermitentemente – a sua face mais amável, nesses isolados espaços de trato mútuo. Não vemos o seu aspecto desarrumado quando acaba de acordar – quando nem parece que é ela (ou ele) –; não a (ou o) vemos quando está cansada (ou cansado); não temos que resolver com ela (ou com ele) os problemas dos filhos nem os quebra cabeças de uma economia não muito folgada...

Elas ou eles, arrumados, dispostos – como por instinto e com a mais limpa das intenções – a agradar e a cair bem, podem dar de si o melhor que possuem, sem o contrapeso dos momentos duros e de fraqueza que forçosamente são vividos dentro do matrimônio. Além disso, costumam ser mais jovens, mais compreensivos (entre outras coisas porque não nos conhecem bem), e estão enfeitados passageiramente com muitas prendas – um tanto artificiais – que fazem a sua personalidade brilhar aos nossos olhos (que nesses momentos não são lá muito perspicazes)... e que a convivência diária e duradoura sem dúvida devolveria às suas reais dimensões.

Para rematar essa idéia, e para ir terminando o que de outra forma seria interminável, acrescentarei que quando uma mulher diferente da nossa conhece os problemas que sofremos no nosso lar e no nosso matrimônio, é quase impossível que deixe de compreender-nos e de sentir por nós uma sincera compaixão. Como também é improvável – embora por motivos muito diferentes – que um homem deixe de entender os problemas de uma mulher casada, se ele dispuser-se a ouvi-los. Nos dois casos, faz falta ter a suficiente categoria – hoje infelizmente rara – para ficar mal e rejeitar, de maneira educada porém decidida, qualquer tipo de confidências como essas.

Tudo isso é, no entanto, necessário para não brincar com a felicidade própria e alheia e para não pôr nossos filhos em apuros, vendendo a grandeza profunda de uma vida de família plenamente vivida em troca do deslumbramento superficial de uns momentos satisfação egocêntrica. O amor que impregna o nosso lar levar-nos-á a prescindir de tais satisfações aparentes, visando robustecer os fundamentos da nossa felicidade no matrimônio.

* Catedrático de Metafísica da Universidade de Málaga. Publicou recentemente – em co autoria com sua esposa Lourdes Millán-Puelles – o livro Assegurar o amor, cuja finalidade (que aliás já está no próprio título) é ajudar a contornar os inevitáveis porém fecundos escolhos que a vida em comum traz consigo.





A santidade matrimonial

Por: Padre Nicolás Schwizer

Em que consiste a atitude fundamental da vida matrimonial para chegar à santidade? Qual é a mística que possa entusiasmar-nos a tornar-nos santos dentro do matrimônio? Parece-me que a mística é esta: estar sempre para o tu.

Quando alguém se torna franciscano, consagra-se a pobreza. Quando alguém se torna jesuíta, consagra-se a obediência. Quando alguém se torna padre de Schoenstatt, consagra-se ao apostolado mariano. E quando alguém casa-se, a que se consagra? Consagra-se a um tu!

Mas este estar para o outro, mesmo que pareça belo, é o mais difícil na vida. Estar, ser para o outro - quer dizer, eu já não tenho direito a pensar em minha comodidade, que tenho que esquecer-me de mim mesmo, que tenho que estar para o outro assim como Cristo está para a Igreja.

Minha missão é, então, apoiar o cônjuge, complementar-lo, conduzir-lo ao céu. E isto não é nada fácil - vocês o sabem melhor que eu - porque somos egoístas, porque somos de coração limitado.

Se alguém conseguira manter esta atitude “estou para o outro, só para o outro”, durante toda a vida, se tornaria santo. E se se trata de canonizar a algum esposo, sempre se verá se esteve para o outro.

Mas estar como Cristo está para a Igreja, com amor nobre, esclarecido, não com esse amor que pede que o outro esteja para mim, se não que eu esteja para o outro. O matrimônio será feliz na medida em que vivemos segundo esta norma.

Hei de saber, então, deixar-me limitar pelo tu em meus gostos. E se eu gosto de talharim e ela de batatas fritas? Estou condenado a comer batatas fritas toda mi vida!

Suportarei uma semana. Mas suportarei 10 anos, 30 anos? E se Deus me há dado a felicidade de viver 60 anos de matrimônio? Talvez riam e, entretanto, aqui está a chave da felicidade matrimonial ou da tragédia matrimonial.

Ver as qualidades positivas… sempre.

Este estar para o cônjuge, significa estar sempre disposto para tomar consciência do tu, das boas qualidades do tu. E a isto nunca devem acostumar-se os esposos!

Devem acostumar-se a muitas coisas, mas que não se acostumem à boas qualidades do cônjuge, se não que cada dia saibam admirar-las mais. Penso que deve ser algo que torna tão difícil a santidade no matrimônio. Um se acostuma rápido às boas qualidades do tu e depois só presta atenção às más qualidades. E parece que essas más qualidades vão se projetando e que as boas qualidades vão diminuindo.

É por isso que a felicidade matrimonial depende do espírito de sacrifício, da capacidade de se deixar crucificar pelo outro. É o caminho do verdadeiro amor que é o mais difícil nesta vida humana. Já o disse o poeta alemão Rilke: “O mais difícil, a tarefa mais difícil que o homem tem que aprender, é o amor”. E, por quê? Por que o que mais nos custa, é esquecer de nós mesmos e nos interessar pelos demais.

Perguntas para a reflexão

1. Costumo sacrificar minhas preferências, ou insisto até impor-las?
2. Continuo vindo as qualidades de meu cônjuge, ou me acostumei?
3. É mais fácil para eu ver o negativo, mesmo quando opaca as virtudes do outro?




O que são os métodos naturais?

Por: Rosario Alfaro Martínez

Os métodos naturais de regulação da fertilidade não são métodos contraceptivos, mas um estilo de vida que ajuda o casal a exercer sua paternidade responsável, ou seja, a decidir sobre o número de filhos que podem ter.

São definidos como aqueles que observam os sinais e sintomas naturais do ciclo de fertilidade da mulher, tornando possível distinguir as fases férteis das inférteis, para que cada casal decida manter ou se abster das relações sexuais, segundo queira ou não ter um filho.

Dependendo do procedimento para detectar a ovulação (isto é, o período em que a mulher é fértil), os diferentes métodos naturais recebem distintos nomes, cada um dos métodos tem peculiaridades e cada pessoa saberá o que mais se adapta a suas necessidades.
Os métodos naturais são:

1. -MÉTODO DA OVULAÇÃO ou MÉTODO BILLINGS. Também conhecido como o método do muco cervical, reconhecendo que nos dias de fertilidade da mulher, este fluido fica mais fino, claro e abundante.

2. -MÉTODO DE LA TEMPERATURA BASAL. Fundamentado em que a temperatura basal aumenta depois da ovulação, aproximadamente de 0,3 a 0,5 °C ao longo de três dias, mantendo-se alta durante toda a segunda metade do ciclo. Fazendo um gráfico desta temperatura, um casal pode saber quando tem possibilidade de conceber.

3. -MÉTODO DO RITMO. Também conhecido como do calendário, ou melhor, Método Oggino-Knaus, foi o primeiro método natural. Está baseado em um cálculo matemático para predizer o dia provável da ovulação.

4. -MÉTODO SINTOTÉRMICO. Combina vários métodos: o Billings, o da temperatura basal, o ritmo e os chamados sinais adicionais de fertilidade que aparecem em algumas mulheres, como a retenção de líquidos, rejeição a certos odores, aumentos de excitação, dores de cabeça, depressões e sufocos.



Dez motivos para usar os métodos naturais

Por: Rosario Alfaro Martínez

1. Uma vez que se aprende a utilizar, são fáceis, seguros e confiáveis.

2. Aumentam a comunicação entre os cônjuges, ao cooperar com a natureza para o bem-estar físico e moral de ambos.

3. Ajudam a integração do casal, na medida em que os métodos naturais exigem uma completa comunicação e cooperação entre os esposos.

4. São gratuitos, portanto, não é preciso dinheiro para utilizá-los.

5. Estão baseados no respeito, diálogo, responsabilidade comum e autocontrole. Com esta abordagem, os cônjuges vão exercitar sua capacidade intelectual em um terreno que, até bem pouco tempo atrás, alguns tinham considerado puramente instintivo e fora do arbítrio da inteligência.

6. Os métodos naturais fazem com que cada cônjuge amadureça psicologicamente, de forma constante, tratando de ser menos egocêntrico e indo ao encontro do outro.

7. O amor, o respeito e a doação de um ao outro são a chave da regulação natural da fertilidade: a comunicação e o diálogo devem fluir entre os cônjuges, os dois devem saber em que etapa de seu ciclo a mulher se encontra.

8. Os métodos naturais são sistemas que postulam um total e absoluto respeito à vida porque respeitam a ordem natural e possibilitam que o amor conjugal se expresse através da relação sexual, sem que haja probabilidade de gravidez, mas, com a consciência de quando será possível conceber.

9. Os métodos naturais exigem uma maturidade psicossocial, que é a harmonia estável entre o coração e a cabeça, entre sentimento e inteligência.

10. Tem sido comprovado que a taxa de divórcios diminui, quando o casal utiliza métodos naturais. A média de casais que se divorciam atualmente no mundo é de aproximadamente 50%, dos quais se comprovou que somente 2% usam métodos naturais.




Dê uma chance para a vida!

Por: Patricia Medina

• A decisão sobre o planejamento de filhos cabe ao casal e não ao governo

Uma agente de saúde da prefeitura bateu na porta da minha casa. Queria saber como eu e a minha filha recém-nascida estávamos. Se eu a estava amamentando, se estava seguindo o calendário de vacinação, etc... Maravilha! Coisa de primeiro mundo! Depois de alguns minutos desta “entrevista”, sabendo já que eu tinha 4 filhos, veio a pergunta: “Se eu estou a par das minhas opções de planejamento famíliar”. No posto de saúde, ela quis continuar, eu encontraria várias opções. Nem a deixei terminar. Lá fui eu com o meu “Sou católica!”. Sim, disse ela. Ela também era católica, mas “nem sempre dá para ter filhos”. Além disso, continuou a simpática agente de saúde, eu poderia aprender no posto de saúde também sobre a tabelinha.

Respondi que, sendo católica, estava a par do método natural para evitar filhos e que, eu mesma, durante alguns meses em que não pude engravidar devido a uma séria doença, fiz uso do método Billings, este sim permitido pela Igreja. Mas, acrescentei, na minha casa, vemos filhos não como um incômodo a ser evitado, mas como uma benção a ser recebida! Meu planejamento é me abandonar nas mãos de Deus, confiar na Sua Providência, ser mãe e implorar a graça de ver meus filhos batizados. A Catarina (foto) foi batizada com 9 dias de vida! Deo gratias!

Em novembro de 2005, o Santo Padre Bento XVI falou sobre as famílias numerosas. Disse ele que “sem filhos, não há futuro” e pediu “medidas sociais e legislativas para sustentar as famílias numerosas, que constituem uma riqueza e uma esperança para todo o país”. O Papa tem muita razão em defender as famílias numerosas. Parte do problema da Europa, que faz questão de matar qualquer rastro de cristianismo no âmbito famíliar e social, é este: a Europa não gera vida. Quer gerar riqueza sem gerar nenês. Quer progresso sem vidas humanas, quer desenvolvimento sem fertilidade. E este é o raciocínio moderno, dos casais modernos, europeus, americanos e latino-americanos. Quanto menos filhos, pensa o mundo, mais eu acumulo riqueza. Que triste!

Isso me faz lembrar o ocorrido com um casal conhecido católico dos Estados Unidos a alguns dias atrás: o pai de 5 filhos, Joe, foi pescar com o seu pequeno de três anos. O barco virou e a criança morreu. Ainda não acharam o corpo da criança, porém o pai, desolado, deu uma entrevista ao canal de TV local e disse: “Muitos têm carros, muitos têm casa na praia. Muitas famílias têm férias em lugares exóticos, eu não. Minha riqueza são meus filhos”. O Papa certamente concorda!

Ter muitos filhos é difícil, mas eu e o meu marido os temos não porque esta é uma posição política de nossa parte, nem porque alguém defende que a prole seja grande, ou porque nos sentimos socialmente pressionados a isso.

Os temos porque nos amamos tanto, mas tanto, que a conseqüência natural do Sacramento do Matrimônio para nós se traduz em nenês. Muitos nenês.

E, no entanto, tantas vezes, as mães e pais destas famílias numerosas são tachadas de irresponsáveis, de ignorantes. Um conhecido nosso, brincando, perguntou se já tínhamos ouvido falar de TV a cabo! Muitos afirmam que não é “ecologicamente responsável” ter muitos filhos, como se uma nova vida estivesse no mesmo patamar que a reciclagem de lixo. O governo gasta fortunas para salvar tartarugas e botos cor-de-rosa e fortunas para apregoar a mentalidade contraceptiva nas pessoas. A mentalidade contraceptiva é achar que filho é um incômodo a ser evitado. Um incômodo, não um presente de Deus! O que gera a pobreza não é o número de filhos de um casal. O que gera a pobreza é a corrupção e o pecado.

Muita gente diz que não tem dinheiro para ter filhos. Mas, quando o salário aumenta, o filho não vem. Quanto mais rico um casal é, em geral, menos filhos eles têm. A riqueza gera apego, não poucas vezes. Além do mais, o mundo não estimula que casais tenham muitos filhos. É triste ver que mesmo algumas escolas católicas não estimulam isso, não dando desconto nas mensalidades para o segundo ou terceiro filho (nem todas, graças a Deus!). Não podemos nos permitir a ganância. As famílias numerosas merecem todo o apoio da comunidade! Fiquei tocada quando a Catarina nasceu. Tanta gente, sabendo que eu e o meu marido não temos família na cidade, nos ofereceu ajuda, comida, apoio real. Isso é cristianismo. Isso é mentalidade anti-contraceptiva!

Termino lembrando que a história da Igreja está recheada de santos e santas que vieram de famílias numerosas. Estas famílias são celeiros de santidade, pois obrigam todos os seus membros a dividir o que em outras casas sobra, a socorrer os menores, a confiar em Deus, enfim.

Faço um convite aos casais que lêem esta coluna. Rezem. Perguntem para Deus o que Ele quer para o casamento de vocês. O preço da escola e o do plano de saúde pesa, mas fazer a vontade de Deus pesa mais. Que tal dar uma chance para a vida?




Contracepção

Por: Juan Bernardi

Não sei se conhecem dom Caffarra, ou se já leram alguma publicação dele, mas essa estrutura tão clara me lembra muito umas aulas que tive a oportunidade de ter com ele.

Que coisa tão imensa é a capacidade que temos, como seres humanos, de amar, mas de amar com toda a alma, com o corpo!

Assim é a faculdade sexual, se trata de um grandíssimo dom que Deus nos concedeu já que com ela podemos expressar o amor total e definitivo que temos para nosso cônjuge, além disso, nos dá a possibilidade de oferecer-lhe, independentemente do que sou em essência, meu corpo e minha alma, a possibilidade de ser pai ou mãe, através de mim.

O amor sexuado é a possibilidade de entregar tudo o que sou e possuo, e de receber tudo o que meu cônjuge é e possui.

O amor sexuado é a capacidade que uma pessoa tem, de ser pai ou mãe, unicamente através do outro.

É como a faculdade da visão, que nos permite ver as maravilhas do universo, ou o ouvido que nos permite escutar tantas coisas que valem a pena.

Ao contemplar a maravilha da faculdade sexual, ou seja, a linguagem desse amor total e definitivo, penso imediatamente no ato contraceptivo, que exatamente procura destruir parcial ou totalmente esta faculdade!

A contracepção artificial, que é colocar – dentro deste amor total – uma trave que diz “até aqui”, “te quero, mas não completamente, porque rejeito tua fertilidade”.

Isto nunca pode ser bom e, portanto, tampouco lícito. Atuar contra o bem da unidade ou o bem da procriação, que é a possibilidade de que venha à existência uma nova pessoa humana, que em si mesma é sempre um bem, é diminuir a totalidade de uma entrega, é mentir no compromisso, é desvirtuar o maior ato a que o homem tem acesso.

Isto fica claro para todos que sabemos ou temos tido a oportunidade de ler, no entanto, muitos dizem:

O magistério da Igreja é retrógrado porque não deixa utilizar os contraceptivos e, no entanto, permite os métodos naturais. Erro garrafal, como não entender a profundidade desta reflexão? O problema é a falta de informação, como chegar a tanta gente que, em sua pressa por viver, não pára e contempla a maravilha da vida! Não para questionar-se sobre quem é o homem é a maravilha a que está chamado...

Outro exemplo: aceitar o uso dos contraceptivos como fármaco, com a finalidade de regular os períodos de uma mulher que tem algumas dificuldades físicas na regulação de seus ciclos. Estas pessoas se esquecem que a moral sempre é julgada desde o ato da vontade, quando este pode ter uma manifestação exatamente igual para fora e completamente distinta para dentro. Eu posso dar dinheiro para ajudar alguém (ato de caridade), para pagar alguém (ato de justiça) ou para subornar alguém (ato imoral), trata-se de um mesmo ato, mas de finalidades muito diferentes. Da mesma forma, pode-se tomar uns complementos hormonais para regular os períodos (ato curativo) ou para evitar a procriação (ato contraceptivo).

Também convém dizer que há uma diferença abismal entre um ato não procriador e um antiprocriador. Os seres humanos são limitados e não podem realizar todos os bens que se apresentam a nossa inteligência; se o dinheiro que temos apenas alcança para manter nossa família, não podemos dar uma doação a uma obra de caridade embora seja algo muito positivo; ou se alguém escolhe a vida consagrada como sacerdote, não pode se casar, embora a vida matrimonial seja um bem maravilhoso. A mesma coisa acontece com a procriação, não sempre se deve realizar esse bem porque, em muitas circunstâncias, não é conveniente dar a luz a uma nova pessoa humana e, neste caso, o que é preciso fazer é não realizar esse bem, utilizando para isso os períodos infecundos. A isto o magistério chama “paternidade responsável”.

Nesta reflexão comparativa, seria como se a contracepção que seria realizar um ato positivo para atacar um bem que nesse momento considero um mal, é como se quem não pudesse dar esmola fizesse com que todos acreditassem que ninguém deveria fazê-lo porque o considera um mal, ou que um sacerdote tratasse de atacar o matrimônio como algo ruim para a sociedade porque ele tem a vocação ao celibato.

Obviamente, todos estes errariam porque consideram o bem um mal e o atacam, eles mesmos seriam culpados desse erro, pois é preciso ver se formaram sua consciência quando tinham de fazê-lo e com as pessoas adequadas, e se procuraram realmente a verdade e foram dóceis com ela.

Está claro que, nos períodos infecundos, doa-se tudo sem reserva porque é tudo o que se tem, ao contrário, na contracepção, não se doa tudo porque se exclui a fertilidade com um ato da vontade, que – como você disse corretamente – é um bem maravilhoso.

No caso da bondade unitiva presente no ato conjugal, é certo que às vezes não convém realizá-la, quando o cônjuge se sente mal, ou tem uma grande tristeza, cada casal sabe de si. Neste caso, a única opção é a abstinência nesses períodos de tempo, não uma abstinência dolorosa, mas uma abstinência sublimada pelo bem que se pretende alcançar, como, por exemplo, a responsabilidade plena dos atos, da decisão deles, isto nos aproxima ao que somos, seres racionais.



"Para você que pensa em esterilização: uma saída"

Por: Julie Maria

Querida Irmã em Nosso Senhor Jesus Cristo e em Maria Santíssima:
Peço que reze esta oração antes de ler este texto feito para você:

“Senhor, ajudai-me ao ler este texto, a abrir o meu coração para a plenitude da verdade do Seu Plano sobre o sexo e sobre o matrimônio. Eu não quero estar cego pelo meu orgulho. Não quero ser enganada pelos meus próprios desejos. Eu quero viver na verdade. Somente a verdade. Te imploro Senhor a graça de não usar mais a contracepção e não decidir pela esterilização se for contra Sua Vontade. Eu confio em Vós.”

Querida irmã em Cristo, o que você me diria se hoje, com plena consciência e consentimento, o seu esposo, que você tanto ama chegasse até você e dissesse: “me desculpe mas eu não te amo mais.” Se isso realmente acontecesse você entraria numa grande crise, talvez a maior da sua vida, porque quando você casou confiou que ele te amaria “na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza”. Esta escolha é possível porque o ser humano, dada a sua inteligência, liberdade e vontade, tem a condição de auto-determinar sua conduta e “decidir amar para sempre”, custe o que custar! Eis a nobreza do amor humano, a diferença do instinto animalesco: é um amor racional e se é um amor cristão, será também iluminado pela fé, o que lhe dá a honra de se transformar num amor divino. Por este amor - e não outro - é pelo qual os esposos decidiram viver “até a morte”, quando prometeram que seriam “um do outro” para sempre.

Ser um do outro é uma obra que só o amor verdadeiro pode fazer: o meu “eu”, (propriedade minha) eu faço ser de “outro” porque amo este “outro” como a “mim mesmo”. De fato, grandíssimo é o amor esponsal/matrimonial que, por tão grande, se fosse bastante meditado antes do casamento, livraria a muitos da praga do divórcio.

Este “ser todo do outro” através do Sacramento do Matrimônio implica uma doação total, exclusiva, fiel e aberta à vida. Estas qualidades não são arbitrárias, são exatamente o cerne do amor que Cristo viveu pela Igreja, e da qual os esposos tem a vocação de refletir em seus atos diariamente. Significa que vocês, esposa e esposo, colocam sua vida à disposição do outro, imitando assim a cena comovente de Jesus, Rei do Universo, cingindo sua cintura com um pano para lavar os pés dos discípulos, ato feito pelos escravos a seus patrões: “Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. SE SABEIS ESTAS COISAS, BEM-AVENTURADOS SOIS SE AS PRATICARDES."

Este gesto o esposo e a esposa fazem um ao outro desde quando o (a) acorda de manhã e até a hora do beijo de boa noite, quando então juntos rezam, se olham sem medo, pedindo perdão pelas faltas e prometendo recomeçar uma e outra vez aquele amor que juraram frente a Deus. Eles reconhecem que com a perseverança na busca diária da graça divina, poderão viver dia a dia a santificação matrimonial, até chegar ao rumo de todo cristão: a unidade com o Pai na vida eterna. Eles reconhecem que o Sacramento é instituído por Deus, e não pelos homens, e é d’Ele que vem a graça para vivê-lo.

Sabemos, no entanto, que a nossa mansão eterna depende em primeiro lugar da Redenção de Cristo, dom mais excelso para a humanidade, e segundo lugar do nosso “sim de hoje”, pois Deus não leva ninguém forçado para o céu! Isto é, o céu também depende de nossas decisões. As decisões erradas, depois que nos arrependemos, ainda tem a graça do perdão de Deus. Mas porque tomamos tantas decisões erradas? Muitas vezes pela ignorância: desconhecemos que esta decisão é um mal, e só depois vemos a tragédia.

Você, minha irmã, está prestes a cometer uma tragédia e eu rezei muito para o Senhor iluminar tua consciência com a Sua Palavra, e se você abrir o seu coração e sua mente para captar o sentido do matrimônio e do amor esponsal que você já se comprometeu a viver a partir do seu “sim” no altar, Deus vai te iluminar para uma decisão diferente. Lembre-se que tanto o seu Sim como o do seu esposo, devem refletir o “Fiat” de Maria... o Sim que Ela deu ao Anúncio alegre do Anjo... até o Sim aos pés da Cruz: “faça-se em mim segundo Tua Palavra”.

Não é fácil para mim te explicar a amplitude da sua decisão e do que isso terá de conseqüência para sua vida em relação a Deus. Mas sei que o que o mundo está fazendo todos os dias e também sei como te motivam a ir contra seu corpo, sua natureza, sua família e a vontade de Deus. É exatamente igual ao demoníaco pensamento quem move tantas meninas a abortar, ela e as pessoas que a incentivam a tal crime, querem trazer o “ontem” de volta para ela, mas o “ontem” não existe mais: é preciso aceitar, mesmo com muita dor o “hoje”, a realidade da gravidez, e aceitando-a buscar a melhor solução.

Você está querendo “acabar com um problema”, mas está comprando outros problemas bem maiores que a sua preocupação imediata está te cegando ver, e então a esterilização parece ser a melhor decisão. Eu te entendo. Sei que com 4 filhos pequenos, na situação que está nosso país – e talvez somada às dificuldades financeiras de vocês – você já é uma heroína, uma mulher virtuosa. Mas como católica, sua futura decisão deve ter como critério a sua salvação eterna, a do seu esposo, e de sua família, o bem da Igreja e a Glória de Deus; jamais o comodismo que os governos ateus e uma sociedade doente facilita e estimula. A solução se chama amor, e neste caso específico, a vivência do amor pela castidade conjugal.

Como disse, não será fácil te explicar, mas tentarei. Que Nosso Senhor venha em meu auxilio para que estas palavras sejam esclarecedoras para você, numa fase que tenho certeza, é uma das mais delicadas para sua vida. Quero e queremos te AJUDAR, mas ajudar na verdade e não na mentira. A esterilização é uma “mentira” na linguagem do amor que você prometeu ao seu esposo. Por isso, vou tentar dizer começando por te relembrar o que o sacerdote, em nome de Deus, te perguntou naquele solene dia do casamento e a sua resposta:

Sac.: É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
Os noivos: É, sim.

Sac.: Vós que seguis o caminho do Matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

Os noivos: Estou, sim.

Sac.: Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

Os noivos: Estou, sim.

Receber amorosamente os filhos como dom de Deus... foi a promessa que você fez a Deus! E, quando um homem e uma mulher se casam, mesmo que infelizmente não saibam, eles tem uma missão que supera qualquer sonho e que, se eles tiverem consciência, podem iluminar com esta missão até a escuridão mais tenebrosa que estejam vivendo: você e seu esposo têm a missão de refletir para sua família, para a Igreja e para o mundo inteiro, o amor incondicional que Cristo viveu e vive pela Sua Esposa, a Igreja, relatada no capítulo 5 de Efésios. (Daqui a pouco, por favor, releia o capítulo 5 de Efésios). Aquilo que lemos parece abstrato demais à primeira vista, mas logo se torna “carne de nossa carne” e compreendemos a altíssima missão dos esposos, do casal cristão.

Você, ao se doar totalmente para seu esposo na relação conjugal, está de fato renovando a aliança de comunhão total e plena prometida no altar, e atualizando na sua carne unida à de seu esposo, o amor de Cristo. Por isso, as características do amor que você e seu esposo vivem não são escolhidas por vocês, mas primeiramente foram vividas na plenitude por Cristo, e ao qual vocês se comprometeram imitar desde o dia do seu casamento.

Estas características são 4, e a partir delas surgem todas as outras: É (deve ser!) um amor total, livre, fiel e aberto à vida. Sem estas qualidades seu amor é uma caricatura, uma ilusão, uma mentira, jamais refletirá a vocação que vocês estão chamados a partir do matrimônio, e nunca será autêntico. Lembre-se que a raiz de todo pecado é querer decidir “o bem e o mal” por si mesmo, sem ter em conta a ordem dada pelo Pai para nós! Não queira decidir as qualidades do seu amor pelo seu esposo, peça a Jesus e à Maria a graça de vê-las através da luz da fé e a firme decisão de vivê-las!

Irei comentar somente a última qualidade do amor esponsal – aberto à vida – já que as outras, apesar de serem profundas, se entende mais facilmente.

Estar aberto à vida é uma exigência do amor verdadeiro, como você mesmo disse no dia do seu casamento. Mas cuidado! Não confunda esta verdade com a má interpretação que muitos fazem ao pensar que isso significa que “em cada ato sexual vocês estão ‘obrigados’ a gerar filhos”! Aliás, nem se vocês quisessem não poderiam, pois Deus fez a mulher com um ciclo fértil-infértil, de modo que nós mulheres não somos férteis 30 dias ao mês!!! Isto é, não poderíamos ter bebês em cada e em todas as relações conjugais!

Então o que significa estar aberto à vida? Primeiro significa a intenção dos esposos de acolher a (nova) vida como fruto do seu amor. A vida que nasce é um dom de Deus e uma afirmação dos esposos que reconhecem que, dentro da sua vocação matrimonial está naturalmente a missão de gerar a vida, isto é, o de colaborar com Deus para “encher o céu”!

Então na prática, o ‘estar aberto à vida’ significa que os esposos não atuam como árbitros e donos da vida, impedindo por eles mesmos que a vida surja a partir da sua relação conjugal. Eles não são donos de seus corpos, como diz o Apostolo São Paulo, inspirado por Deus: o corpo é para o Senhor. Lembre-se que o corpo expressa toda a sua pessoa. Os casais ‘abertos à vida’ sabem que suas vidas e a vida daqueles que Deus lhes dá, é um dom precioso do qual prestarão contas. Na liberdade, o homem deve escolher entre a vida e a morte. Mas o o Senhor nos pede escolher a vida!

Então, como farão os esposos para que a linguagem de seus corpos na suas relações conjugais continuem refletindo a entrega total quando eles, por sérias razões, não podem ter filhos? Isto implica compreender desde já que a entrega total também é entrega da fertilidade da mulher ao homem e vice versa. Rejeitar ou negar a fertilidade ao esposo ou à esposa é rejeitar a própria pessoa. Se eu entrego o meu corpo, mas não “todo ele”, não poderia dizer que sou “toda sua” para meu esposo e vice versa.

O amor conjugal não guarda nada, se doa completamente e por isso quando a mulher e/ou o marido decidem por si mesmos cortarem toda a sua fecundidade, estão se colocando acima de Deus, estão se colocando na posição de Eva e Adão de escolher o “bem e o mal”. Você está encontrando na esterilização um “bem”, pois senão nem pensaria nisso, mas este “bem” é, na verdade, totalmente contrário ao amor que você prometeu ao seu esposo, e absolutamente contrário ao plano de Deus.

Por isso, para que os casais que tenham sérias razões para não se engravidar, apesar de continuar abertos à vida e com sua atividade sexual, o casal aprende a viver a castidade conjugal, que se traduz na abstinência das relações sexuais quando vocês souberem que “estão férteis”. Isso implica que você use sua inteligência não para se fazer infértil para sempre, e sim para conhecer o seu corpo, o seu ciclo, e praticar a virtude da castidade com seu esposo, aprendendo a amá-lo até “o fim”. Isto é, vivendo a castidade conjugal, você não estará esterilizando o ato conjugal - unitivo e procreativo por natureza - por suas próprias mãos, e sim, vivendo o seu amor santamente, e Deus te abençoará com todas as graças que lhes são necessárias, pois Ele é o Deus fiel!

Quem namorou na castidade e na pureza vive a abstinência de maneira natural. O casal que não namorou castamente, deve aprender a fazê-lo. Os inúmeros testemunhos dos casais que vivem o método natural (não existe somente o da tabelinha! A ciência já avançou e agora os métodos naturais tem eficácia de 99.8%, igual às pílulas mas sem nenhuma das conseqüências negativas que geram as pílulas!) comprovam que o matrimônio só tende a ganhar com este modelo de castidade. Ele permite o sexo mas exige o planejamento no amor e no respeito, pois a comunhão conjugal se torna muito mais profunda pois o método exige que os esposos tenham maior dialogo entre si, e levados a evitar o sexo em certos períodos, mas por amor sincero, o carinho e a compreensão se tornam muito maiores. Prove e verás!!!

Com este texto, o desejo é que você pudesse refletir, à luz da sua fé (o maior dom que você tem), qual será sua resposta frente à Deus neste particular assunto. Ele te pede para não te não tornar estéril e você deve responder com plena consciência a Ele em primeiro lugar, sobre este seu ato e depois ao seu esposo.

Mais uma vez te digo com todo o carinho e com toda a verdade da nossa fé: você não é dona do seu corpo; o seu corpo junto com sua alma está chamado à um dom total de si mesmo que exige também a entrega da fecundidade ao seu esposo. Você estaria mentindo com o seu corpo (esterilizado) o que você diz com sua boca: que o ama!

Viver em comunhão plena com a vontade de Deus te dará a força, a paz, e a serenidade que você precisa. Confie Nele e diga o seu Sim!

Que Maria, Mãe nossa, Mãe de Jesus, te guie e te ajude a ver a verdadeira saída nesta fase delicada de sua vida. Que Ela te dê a paz de consciência que só temos quando fazemos a vontade de Deus, e que São José, protetor da Sagrada Família – que também passou por MUITOS momentos dificílimos - te ajude a encontrar consolo, sabedoria e fortaleza neste momento para seguir a vontade do Pai e ser, hoje e sempre, uma santa mulher, mãe e esposa. Amém.



Anticoncepção: um atentado ao plano de Deus

Por: Marcus Moreira Lassance Pimenta

1. Para que serve a união sexual?
Para exprimir o amor entre os cônjuges e para transmitir a vida humana.

2. Toda relação sexual tem que gerar filhos?
Não necessariamente. Mas é ela deve estar sempre aberta à procriação. Senão ela deixa de ser um ato de amor para ser um ato de egoísmo a dois.

3. Uma mulher depois da menopausa não pode mais ter filhos. Ela pode continuar a ter relações sexuais com seu marido?
Pode. Pois não foi ela quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que a tornou infecunda.

4. Um homem que tenha o sêmen estéril não pode ter filhos. Mesmo assim ele pode ter relação sexual com sua esposa?
Pode. Pois não foi ele quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que o tornou infecundo.

5. E se o homem ou a mulher decidem por vontade própria impedir que a relação sexual produza filhos?
Neste caso eles estarão pecando contra a natureza. Pois é antinatural separar a união da procriação.

6. Quais são os meios usados para separar a união da procriação?
Há vários meios, todos eles pecaminosos:
a) o onanismo ou coito interrompido: consiste em interromper a relação sexual antes da ejaculação (ver Gn 38,6-10)
b) os métodos de barreira, como o preservativo masculino (condom ou "camisinha-de-vênus"), o diafragma e o preservativo feminino.
c) as pílulas e injeções anticoncepcionais, que são substâncias tomadas pela mulher para impedir a ovulação.

7. Como é que a pílula anticoncepcional funciona?
A pílula anticoncepcional é um conjunto de dois hormônios - o estrógeno e a progesterona - que a mulher toma para enganar a hipófise (uma glândula situada dentro do crânio) e impedir que ela produza o hormônio FSH, que faz amadurecer um óvulo. A mulher que toma pílula deixa de ovular, pois a hipófise está sempre recebendo a mensagem falsa de que ela está grávida.

8. A pílula é um remédio para não ter filhos?
Não é um remédio, mas um veneno. Você não chamaria de remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer o coração parar de bater ou para fazer o pulmão deixar de respirar. O que a pílula faz é que o ovário (que está funcionando bem) deixe de funcionar. Logo ela é um veneno.

9. Quais são os efeitos deste veneno?
Além de fechar o ato sexual a uma nova vida, a pílula traz graves conseqüências para a saúde da mulher. São elas:
- doenças circulatórias: varizes, tromboses cerebrais e pulmonares, tromboflebites, trombose da veia hepática, enfarto do miocárdio
- aumento da pressão arterial
- tumores no fígado
- câncer de mama
- problemas psicológicos, como depressão e frigidez
- obesidade
- manchas de pele
- cefaléias (dores de cabeça)
- certos distúrbios de visão
- aparecimento de caracteres secundários masculinos
- envelhecimento precoce

10. É verdade que as pílulas de hoje têm menos efeitos colaterais do que as de antigamente?
É verdade. Para reduzir os efeitos colaterais, os fabricantes diminuíram a dose de estrógeno e progesterona presentes na pílula. Isto significa que cada vez menos a pílula é capaz de impedir a ovulação.

11. Assim as mulheres de hoje que usam pílula podem ovular?
Podem. E caso tenham relação sexual podem conceber. Mas quando a criança concebida na trompa chegar ao útero, não encontrará um revestimento preparado para acolhê-la. O resultado será um aborto.

12. Então a pílula anticoncepcional é também abortiva?Sim. Este é um dos seus mecanismos de ação: impedir a implantação da criança no útero. Isto está escrito, por exemplo, na bula de anticoncepcionais como Evanor e Nordette: "mudanças no endométrio (revestimento do útero) que reduzem a probabilidade de implantação (da criança)". A bula de Microvlar diz: "Além disso, a membrana uterina não está preparada para a nidação do ovo (a criança)".

13. Em resumo, quais são os mecanismos de ação das pílulas ou injeções anticoncepcionais?
a) inibir a ovulação;
b) aumentar a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides;
c) impedir a implantação da criança concebida (aborto).

14. Existem dias em que a mulher não é fértil. Nesses dias o casal pode ter relação sexual?
Pode. Pois ao fazer isso eles não colocam nenhum obstáculo à procriação. A própria natureza é que não é fértil naqueles dias.

15. O casal pode procurar voluntariamente ter relações sexuais somente nos dias que não são férteis, a fim de impedir uma nova gravidez?
Pode, mas deve ter razões sérias para isso. Pois em princípio um filho não deve ser "evitado", mas desejado e recebido com amor. Uma família numerosa sempre foi considerada uma bênção de Deus.

16. Dê um exemplo de razões que seriam válidas para se limitar ou espaçar os nascimentos.
Problemas sérios de saúde, que poriam em risco a vida da mulher em uma nova gravidez; ou problemas financeiros sérios (que impedissem de fato que o casal sustentasse uma família numerosa).

17. Um casal poderia utilizar um método natural sem ter nenhum motivo sério para ter poucos filhos?
Não. Se fizesse isso estaria frustrando o plano de Deus, que disse: "Crescei e multiplicai-vos". O normal para um casal é ter muitos filhos.

18. É mais fácil educar um só filho do que muitos?
Não. Um filho único está arriscado a ser uma criança problema. Recebe toda a atenção dos pais e não está acostumado a dividir. Poderá ter dificuldade no futuro ao ingressar na sociedade. Já um filho com muitos irmãos acostuma-se desde pequeno às regras do convívio social. Os irmãos maiores ajudam a cuidar dos menores, e todos crescem juntos.

19. Quantos métodos naturais existem para regulação da fertilidade?
a) o método Ogino Knauss, ou método da tabela. É o mais antigo de todos e supõe que a mulher tenha um ciclo menstrual regular. Hoje seu uso está abandonado. Estranhamente, a Pastoral da Criança resolveu ressuscitá-lo sob o nome de "método do colar".
b) o método da temperatura: baseia-se na observação da temperatura da mulher, que varia quando ocorre ovulação. Inconvenientes: necessidade de se ter um termômetro, saber usá-lo, lembrar-se de usá-lo diariamente à mesma hora e saber fazer um gráfico. Além disso, a temperatura pode variar por outros motivos, como uma gripe ou a ingestão de um analgésico. O aparelho Mini-Sophia é uma versão eletrônica e computadorizada do uso deste método.
c) o método Billings, que se baseia na observação do muco cervical, que torna-se fluido e úmido nos dias férteis, e seco nos dias infeteis. Não exige que o ciclo menstrual seja regular. Pode ser usado pelos casais mais pobres e mais incultos.

20. É verdade que o método Billings "não funciona"?
"Não funciona" para os fabricantes de anticoncepcionais, que não querem perder seus lucros. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a eficiência do método é de 98,5 %. Ele foi testado em diversos países como Filipinas, Índia, Nova Zelândia, Irlanda e El Salvador.

21. Mas não é muito mais cômodo tomar a pílula anticoncepcional do que abster-se de relações sexuais em certos dias?
Sem dúvida é mais cômodo. Mas o verdadeiro amor se prova pelo sacrifício.

22. E se a mulher engravidar apesar de usar o método natural?
O filho deve ser recebido com amor e alegria. Aliás, o casal já deveria estar contando com esta possibilidade. A atitude de abertura à vida é fundamental para o verdadeiro amor.



O que fazer antes de engravidar?

Por: Rosario Alfaro Martínez

Quanto melhor for o estado de saúde de uma mulher antes de tomar a decisão de ser mãe, mais possibilidades terá de conceber um filho.

Embora muitas pessoas fogem de uma gravidez e tomam todas as medidas para evitar ter um filho, na prática, muitas mulheres têm dificuldades para conseguir ficar grávidas. As estatísticas dizem que entre casais que têm relações sexuais durante dois anos, de forma regular, somente 25% conseguem a gravidez no período de um mês, 60% em seis meses e 90% em 18 meses. Portanto, conseguir uma gravidez não é alguma coisa fácil. Se você estiver planejando engravidar, é muito importante cuidar bem de sua saúde. Na ALMAS A.C. damos algumas dicas que a ajudarão a aumentar suas possibilidades de conceber uma nova vida.

Faça exercício de forma regular: isto a ajudará a diminuir o estresse e a ansiedade que, algumas vezes, favorece a infertilidade feminina. Além disso, sempre fazer exercícios ajudará você a dormir melhor, ficará mais relaxada e, portanto, a ovulação se dará com normalidade em cada período. Faça um exame médico geral, um checkup que permita conhecer seu estado de saúde e, se for preciso, tomar alguma medida necessária para estar pronta para a gravidez.

Deixe de fumar: fumar não somente pode causar câncer e enfisema pulmonar, não só diminui sua qualidade de vida, como também afeta a fertilidade feminina. Esta regra de deixar de fumar também é válida para seu esposo, já que o fumo diminui a quantidade de esperma, fazendo com que as possibilidades de fertilidade sejam reduzidas. Faça uma dieta equilibrada, sobretudo, é importante que ela seja rica em vitamina B12, que se encontra na carne, peixe, ovos e leite. Sobretudo, é preciso uma boa ingestão de ácido fólico, os estudos dizem que uma mulher com bons níveis de ácido fólico, antes da gravidez e durante o primeiro mês, reduz o risco de que o bebê tenha alguma anomalia na coluna vertebral e no cérebro, assim como o perigo de que a criança nasça com o lábio leporino, já que favorece o processo de multiplicação celular. O ácido fólico se encontra em algumas frutas, verduras e grãos, mas, na prática, é muito difícil que uma mulher consuma o nível necessário, por isso seria bom conseguir um suplemento alimentício rico em ácido fólico. Seu médico pode receitar um, que seja indicado para sua saúde.

Aprenda a detectar seus dias férteis: quando uma pessoa tem seguido métodos naturais, sabe perfeitamente que dias são mais prováveis para conseguir uma gravidez. Se este não for o seu caso, você poderá aprender de uma forma simples, observando os dias em que se sente úmida e, inclusive, pode observar um muco, transparente como clara de ovo, em sua roupa interior ou quando fizer sua higiene pessoal. O dia em que houver uma maior quantidade deste muco será o melhor para conseguir engravidar; também ajuda o fato de não ter tido relações sexuais dois dias antes, já que a quantidade de esperma de seu marido estará em um bom nível e, ao juntar ambas as fertilidades, a sua e a dele, poderão conseguir mais facilmente chegar à gravidez.

Veja bem, talvez você esteja pensando que escrevemos isto porque se trata de um texto católico, mas não é assim: pedimos que você reze, não só porque melhorar nossa relação com Deus é bom em todos os momentos da vida, como também porque Deus é o criador e o dono da vida. Somente Ele sabe quando dá-la. Tomara que estas dicas a ajudem a engravidar.




O papel do pai durante a gravidez e os primeiros meses de vida da criança

Por: Rosario Alfaro Martínez

Em nossa sociedade existe a crença de que o pai é quem tem a função de prover os bens materiais para o melhor desenvolvimento do filho e do casal, felizmente, esta crença foi desaparecendo e o pai passou a ter uma função mais ativa.

Neste artigo, gostaria de falar dos papéis importantes que o homem desempenha: a função do homem como cônjuge e o papel do homem como pai. Tudo começa quando o casal decide ou manifesta o desejo de ficar grávido. A gravidez é um processo difícil para a mãe, com mudanças físicas e também emocionais, aí aparece a função do pai que vai cuidando e protegendo a mãe neste processo de nove meses. Na primeira gravidez, pode ser muito bom acompanhar a esposa às visitas médicas, participando deste processo. Por este motivo, considero que não é a mulher que engravida, é o casal que fica grávido. Inclusive, em muitos casais sólidos, tem sido observado que existe o momento em que o homem se conecta tanto à mulher que os sintomas (vômitos, tonturas, dores de cabeça) afetam a ele, e a mulher pode até ficar mais tranqüila. Isto nos fala da união e do apoio que o pai, o parceiro, o homem pode proporcionar.
Por outro lado, o momento do parto pode representar um processo difícil e doloroso para a mãe. O pai pode apoiar à mãe neste processo, o que o ajudará a dar-se conta de sua paternidade, ao ver o nascimento de seu filho.

Quando nasce um novo membro da família, a mãe dedica muito tempo à disposição do bebê. É importante que o pai possa apoiar a mãe, que possa dar o amparo que ela precisa receber. Armano Barriguette, um psicanalista muito famoso, menciona que o pai suficientemente bom é aquele que faz com que a mãe “brilhe”.

A função do pai não é somente apoiar a mãe, como também ele deve prover o trio (pai, mãe e filho) da segurança suficiente para que possa se desenvolver. Também é importante carregar o bebê quando a mãe estiver cansada, que tenha a capacidade de ninar. É curioso como a criança vai descobrindo o mundo que a rodeia, da mãe descobre os olhos, as mãos, seu cheiro no momento de amamentar; do pai descobre o pescoço quando está sendo carregado. É o pai que vai proporcionando força física e psíquica a seu filho, quanto mais entrar em contato com a criança para permitir que o bebê o descubra e que sua esposa descanse.

A psicologia, pediatria e pedagogia modernas convidam o pai a ter um papel ativo para o ótimo desenvolvimento do filho. Ao mesmo tempo, isto beneficia também o casal, já que se pode observar que quanto mais presente o pai estiver, exercendo sua paternidade com amor, a casal se fortalece e cresce.




Castidade no casamento?

Por: Rosario Alfaro Martínez

A CASTIDADE CONJUGAL NÃO SE REFERE A NÃO TER RELAÇÕES SEXUAIS. Refere-se a viver o sacramento do matrimônio com a dignidade que ele tem, isto é:

1. Sendo FIEL, ou seja, tendo relações sexuais somente com seu esposo ou esposa.

2. Que todas as relações sexuais conservem suas duas finalidades:

a. UNIÃO: que sejam uma expressão de amor, unindo o casal em uma relação profunda de amor, de doação conjugal, que os ajude a um mútuo aperfeiçoamento.

b. PROCRIAÇÃO: colaborar com Deus para a geração e a educação de novas vidas.

Talvez muitos pensem que viver esta realidade é algo sumamente difícil, ainda mais nos dias de hoje, em que existem muitas ameaças para o casal, desde:

O adultério

A separação

O divórcio

A união livre (amasio)

Os swingers

Contracepção

Fecundação artificial

Entre outras...

Porém, apesar de qualquer circunstância difícil que estejamos vivendo, no fundo, todos desejamos que o casamento seja vivido de uma maneira distinta da atual, mas – às vezes – nos sentimos impotentes para realizar esta mudança, por isso devemos nos aproximar a Deus para que Ele nos ajude a viver esta vocação. Sobretudo, para que Deus nos ensine o amor a nós mesmos e aos próximos, começando por nosso cônjuge.

"O matrimônio é uma sábia instituição do Criador para realizar na humanidade seu desígnio de amor”. Paulo VI Humanae Vitae No. 8




Alguns aspectos em que a pornografia afeta a vida da família

Por: Cecilia Rivera (teóloga)

1. AS RELAÇÕES FAMILIARES SÃO SERIAMENTE AFETADAS
Quando a conduta sexual se perverte, afeta fortemente todas as áreas da vida: a relação com Deus, conosco, com o cônjuge, com os filhos, com o sexo oposto em geral, e com todas as pessoas que são importantes na vida pessoal. A pornografia perverte a conduta sexual, sendo A FAMÍLIA a primeira vítima, porque é essencialmente antifamília:
a) exclui a procriação.
b) solapa e transtorna a relação de amor entre os esposos, pois o sexo vem a ser um prazer pessoal.
c) glorifica a freqüência, intensidade e longevidade dos poderes sexuais.
d) separa o sexo do amor e do compromisso.
e) o sexo fora do casamento é muito mais excitante devido à alteração química e a combinação de medo, culpa e fantasia. A combinação de culpa, medo e excitação sexual produz uma euforia com um “nível de decolagem” próximo ao êxtase.
f) promove a infidelidade, o adultério, a fornicação em todas as suas manifestações, como o incesto, a masturbação, a homossexualidade, a bestialidade, o sexo grupal, o sadomasoquismo, o abuso de mulheres e crianças.

Esta euforia impede as relações normais: nada de amor porque nenhuma experiência sexual normal será capaz de igualar as experiências anteriores vistas na pornografia, porque quando se ama e confia na pessoa com a qual se tem relações, se experimenta confiança e desaparece o risco, a culpa, a vergonha e todos estes sentimentos de perigo que tanto excitam.

2.- PROVOCA DEPENDÊNCIA
O que começa como uma simples curiosidade pode chegar a ser uma obsessão realmente destruidora; a excitação inicial raras vezes é suficiente e vai exigindo e precisando de material cada vez mais explícito e violento. Provoca mais dependência quando a pessoa começa muito jovem. Quatro passos caracterizam esta dependência:
1) dependência de material que exacerba a luxúria.
2) exigência de material mais explícito e violento.
3) aceitação cada vez mais fácil de material brutal e uma maior insensibilidade.
4) Impulso de atuar o que se vê.

3.- AGRIDE
Causa danos:
- à pessoa dependente: a pornografia pode causar danos mentais irreparáveis, prejudicando a lucidez e o controle que todo ser humano deve exercer sobre si mesmo, para não se tornar como um animal. A pornografia promove uma fantasia destruidora e negativa que isola dos demais, chegando a ser uma dependência especialmente solitária. Devido a que a pornografia sempre se desenvolve com a imaginação, é ali onde freqüentemente permanece, causando muitas vezes impotência porque é muito difícil que um casal se relacione na forma delirante mostrada pela pornografia.
- a seres inocentes: da pornografia derivam condutas como a violação.
- à sociedade: corrompe e desnaturaliza o DOM do sexo, que não deve ser separado do casamento e tem como finalidades a procriação e a união recíproca. Corrompe a sociedade, pretendendo dar aos homossexuais e às lésbicas os mesmos “direitos” de expressão, assim como às prostitutas e aos que as exploram. Afirmar que as pessoas dedicadas ao tráfico de seres humanos, à escravidão e ao vício, ganham a vida “honradamente”, é como dizer que um ladrão, ou um pistoleiro, ganham a vida honestamente.

Encontramos muitos casos de homicídio depois de violação; não é de estranhar porque essas vítimas (crianças, jovens, etc.) já eram vistas como objeto, como algo que se usa e depois, se atrapalha, pode ser destruído. O homicida dependente da pornografia está acostumado a ver as pessoas como meros objetos de prazer.

4.- A PORNOGRAFIA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
• Internet. A indústria da pornografia tem novos protagonistas: os sites da internet que substituíram as empresas tradicionais que operavam com vídeos e revistas. O barateamento da tecnologia de filmagem e edição permite a produção de material pornográfico a um custo ínfimo; além disso, a distribuição é facilitada pela internet. O anonimato e a interatividade explicariam o quantioso negócio do “sexo telefônico” que, nos Estados Unidos, movimenta quase um bilhão de dólares por ano. A realidade virtual permite ouvir, ver e tocar.




Aborto

Por: Liseane C. Almada Selleti

http://www.padrereginaldomanzotti.org.br

Acredito que ao longo dos escritos, vocà‚ê jà‚í deve ter se perguntado: como fica o aborto diante destas revelaà‚çà‚ões do inconsciente atravà‚és da ADI?

Mas se vocà‚ê nà‚ào fez essa pergunta eu a formulo para pensarmos juntos.

O inconsciente abordado revela a existà‚ência de uma dimensà‚ào humanà‚ística antes da unià‚ào sexual dos pais e da unià‚ào do à‚óvulo e espermatozà‚óide, à‚é um antes concomitante e em funà‚çà‚ào daquele encontro. A Luz lanà‚ça um Eu Pessoal (EP) com uma missà‚ào para aquele encontro.

Entà‚ào apà‚ós a fecundaà‚çà‚ào do à‚óvulo e do espermatozà‚óide o EP entra no zigoto, sendo o fà‚ísico, o corpo, o veà‚ículo que carrega aquela dimensà‚ào humanà‚ística que vem para realizar algo que a Luz lhe confiou.

Quando alguà‚ém realiza o aborto o que mata à‚é o fà‚ísico, o corpo, e o que està‚í là‚í dentro que gera a vida continua a existir, por isto nenhuma mà‚àe ou pai que tenha cometido este ato jamais esquece do filho que nà‚ào teve e que por puro EGOàSMO, interrompeu a vida de alguà‚ém indefeso, que nà‚ào podia se defender, nà‚ào pediu para estar ali, e num ato de imprudà‚ência e inconseqà‚üà‚ência nà‚ào pensou no que enfrentaria apà‚ós tal escolha.

As pessoas que cometeram aborto me procuram por outros sofrimentos, seja depressà‚ào, angà‚ústia, esterilidade, doenà‚ças, medos, agressividade, nà‚ào pelo aborto, mas revelam que jamais esqueceram tal atitude e que dariam tudo para voltarem atrà‚ís e fazer diferente, enfrentariam todas as situaà‚çà‚ões que na ocasià‚ào a levaram a cometà‚ê-lo.

Quais sà‚ào os motivos que levam uma mulher a escolher pelo aborto?

- nà‚ào tem relaà‚çà‚ào està‚ível com o parceiro;
- solteira (o);
- pouca idade;
- situaà‚çà‚ào econà‚ômica ;
- nà‚ào quer compromisso;
- quer liberdade;
- estupro;
- vergonha...

Esses problemas circunstanciais passam, mas a lembranà‚ça do ato realizado jamais à‚é apagado da conscià‚ência de quem o comete.

Todos que escolheram pelo aborto para continuarem numa situaà‚çà‚ào àœmelhorà, cà‚ômoda, nà‚ào sabiam que carregariam em seus coraà‚çà‚ões este filho para o resto de sua existà‚ência, sentindo-se culpadas (os), seja por ter realizado ou ajudado, ou orientado, e esta culpa passa a se manifestar atravà‚és de doenà‚ças, depressà‚ào, esterilidade, sua natureza humana nà‚ào permite mais gravidez, viver, enfim os efeitos desse ato sà‚ào inà‚úmeros. Aqueles que negam o arrependimento se defendem do mesmo, porque nà‚ào dariam conta de continuar a existir ao assumir tal arrependimento.

Lembro que Deus perdãoa sempre, a pessoaàs vezes e a natureza humana NUNCA.

Quando os governantes lanà‚çam um plebiscito para que o povo escolha, ser a favor da vida ou contra, à‚é claro que quem realizou aborto vai votar a favor, salvo quem carrega sua dor, sua depressà‚ào, sua angà‚ústia, sua doenà‚ça, sua impossibilidade de gerar outras vidas. Pois o estado estarà‚í assumindo a responsabilidade desses abortos na conscià‚ência dessas pessoas, com certeza existem os sinceros que votarà‚ào contra, pois nà‚ào querem que outras pessoas venham a sofrer da angà‚ústia sem tamanho que adquiriram apà‚ós o aborto.

Em outra dimensà‚ào, apà‚ós a morte, vamos nos encontrar com essas pessoas que nà‚ào tiveram a oportunidade de existir, e vamos ter que dar uma resposta. Que pensamos mais em nà‚ós? Nas questà‚ões econà‚ômicas? Na vergonha? Na comodidade? Do que na dimensà‚ào humana que aquele corpo carregava? E esta pessoa dirà‚í: e o que eu tinha haver com isto? Com a saà‚úde pà‚ública, com a sua vergonha, com vocà‚ê nà‚ào ter parceiro? Com vocà‚ê ter pouca idade? Ou ter uma situaà‚çà‚ào sà‚ócio-econà‚ômica desfavorà‚ível? Eu queria somente existir, eu nà‚ào precisaria estar com vocà‚ê para existir...

Por que os governantes nà‚ào fazem uma campanha para matar as crianà‚ças que jà‚í nasceram? Nà‚ào pode porque as enxergam? E porque no à‚útero pode? Là‚í nà‚ào à‚é vista e nos fazemos de desentendidos?


O Ministro da saà‚úde, Josà‚é Gomes Temporà‚ào, precisa fazer economia na saà‚úde, conter gastos a custa de vidas? Sà‚ào menos pessoas para o governo precisar manter? Isto à‚é uma gestà‚ào justa? Mas nà‚ào sabe o governo que eles gastarà‚ào com as doenà‚ças advindas do aborto.

O inconsciente revela que uma pessoa com um dia pensa, sente, chora, ri, se alegra, ama, como uma de 1, 5, 10, 20, 30, 40 anos. Nà‚ào seria mais là‚ógico e sensato realizar um trabalho para o planejamento famíliar, uma conscientizaà‚çà‚ào das reais conseqà‚üà‚ências do aborto, para adolescentes, para que eles saibam fazer escolhas consciente antes e depois que aconteà‚ça uma gravidez? Ou antes, e depois da escolha pela relaà‚çà‚ào sexual inconseqà‚üente?

A defesa da vida nà‚ào deve ser sustentada por ser uma questà‚ào ideolà‚ógica ou religiosa, mas deve ser sustentada por ser uma questà‚ào de defender o princà‚ípio da existà‚ência humana que se chama EU PESSOAL, existe em nà‚ós uma essà‚ência que nà‚ào morre e que com o aborto se mata o fà‚ísico e nà‚ào essa essà‚ência. Essa essà‚ência continua a existir, nà‚ós nà‚ào nos livramos dela com o aborto, por isto os pais que o cometem nunca mais esquecem de seus filhos e fariam de tudo para voltar là‚í atrà‚ís para fazer diferente.

Entà‚ào vamos defender a vida atravà‚és da conscientizaà‚çà‚ào do que um ser humano carrega ao estar dentro do à‚útero materno desde a concepà‚çà‚ào.

Tenho certeza que os Eu Pessoais que jà‚í tiveram suas vidas interrompidas ficarà‚ào felizes por verem pessoas defendendo outras vidas para que possam realizar o sentido para o qual vieram para a existà‚ência.

Conto com sua ajuda, para isto divulgue o texto sobre o Amor Efetivo.



Os demônios da vida conjugal

Por: Padre Nicolás Schwizer

No amor conjugal, o segredo é não lutar contra a idade, sim em união com ela, tal é a regra da sabedoria.

A infância do amor conjugal. Ao início é sobretudo alegria e esperança. O amor é novo e está intacto. Os dois vivem em estado de descoberta permanente.

Entretanto, o amor não escapa aos ataques do tempo. Uma primeira crise, a da desilusão, sacode o lar nascente. O demônio da desilusão faz que a imagem ideal que um havia construído do outro, comece a desvanecer-se. Para vencer esta crise terão que aceitar-se em suas imperfeições. Nesta época o matrimônio se constitui realmente.

A juventude do amor. Ao final da fase de adaptação, um mútuo conhecimento impede maiores atritos. O amor se instala. Mas, se a crise da desilusão não foi superada, o tempo precipita a segunda crise, a do silêncio. Se o demônio mudo se apodera dos dois, caem em uma espécie de letargia. O casal vive, então, em retrocesso, sem crescer, sem um ritmo seguro, sem dinamismo. Vencer esta segunda crise é indispensável para que o amor sobreviva.

A maturidade do amor. Por volta dos 15 anos, os esposos adquiriram maturidade. Com uma juventude madura vivem com serenidade. São os anos mais belos da vida conjugal. Já não se fala de felicidade, como quando se é jovem, simplesmente é feliz. Mas, também pode produzir-se o contrário, se não encontraram o caminho do diálogo e de sua unidade. Uma terceira crises, com freqüência fatal, é a da indiferença. O amor se transformou em hábito, o hábito em rotina, e a rotina, enfim, em indiferença. Vive-se junto ao outro, mas os corações já não estão em contato: o tempo paralisou ou inclusive matou o amor. A vida em comum não é mais que uma aparência que se mantém, seja por obrigação já que estão os filhos, seja por conveniência social.

Com o demônio da indiferença instalado, sempre existe lugar para um novo amor e, por isso, para a infidelidade e a separação.

O meio dia do amor. Entre os 45 e 50 anos, surge um novo perigo. Em ambos é o difícil momento das mudanças físicas e psicológicas. A mulher perde um atributo de sua feminilidade, a fecundidade. O homem vai perdendo um caráter de sua virilidade: o vigor sexual. Mas, antes que se produza esse declive, muitas vezes se dá uma espécie de volta à adolescência.

A essa crise da metade da vida chamamos de: demônio do meio dia. Se o matrimônio entra nessa etapa minado pela indiferença e pela rotina, o demônio do meio dia tem grandes possibilidades de triunfar.

O renascimento do amor. Se o casal, soube superar essa época turbulenta, entra num período de uma segunda maturidade. É o crepúsculo do amor, o momento em que o matrimônio desfruta da unidade conquistada, de una harmonia, profunda e de uma nova paz. É a hora de uma felicidade serena, sem choques e sem conflitos. O tempo, que não perdoa, oferece então aos cônjuges a inapreciável recompensa do renascimento do amor.

O repouso do amor. Virá, por último, a hora do repouso em que envelhecidos no amor ambos só terão reconhecimento um para o outro. Nem sequer a dolorosa perspectiva da morte poderá perturbar a maturidade do amor. Haver-se amado até o final converte a morte num ápice, numa vitória. Diante dos homens, como diante de Deus, não existe um amor mais perfeito que o de dois seres que envelheceram juntos e que deram a mão para vencer as últimas dificuldades, para gozar das últimas claridades do dia.

Perguntas para a reflexão

1. Algum desses demônios me é conhecido?
2. Que posso fazer para enfrentar-los?
3. Como andamos com o diálogo conjugal?




Teologia do Corpo:
primeira catequese
de João Paulo II

Por: Julie Marie

L.S.N.S.J.C- para sempre seja louvado
Sagrada Família, rogai por nós

No ano de 1979, João Paulo II, iniciou uma catequese que refletia sobre o amor e a sexualidade no plano divino. As suas palavras são consolo na ansiedade de entender o plano de Deus para nossas vidas, ajudam a refletir sobre muitas idéias confusas que existem sobre o amor, a sexualidade, o matrimônio, o celibato e a família. As suas palavras transformam o coração das pessoas permitindo obter uma nova visão da VIDA e a FAMÍLIA.

João Paulo II escolheu colocar estas catequeses “sobre o amor humano no plano divino” como base de todo o seu pontificado. Ele, com sua profunda sabedoria, inspirada na Sagrada Tradição da Igreja, e ao mesmo tempo com sua originalidade, nos levam a ver que, se não compreendemos muito bem o que significa ser homem e mulher, e entender a relação entre os dois no plano salvífico - desde a perspectiva antropológica, teológica e bíblica - estamos longe da raiz de todos os problemas que hoje enfrentamos, mas para os quais a Igreja – e só a Igreja! - tem a resposta, pois é Mestra e Mãe da humanidade.

De setembro de 1979 a abril de 1984 todas as quartas-feiras, o Sumo Pontífice oferecia o que ele mesmo nos afirmou como base da “civilização da vida”, na sua posterior Encíclica, EV (n.97): “É uma ilusão pensar que se pode construir uma verdadeira cultura da vida humana se não (...) compreendemos e vivemos a sexualidade, o amor e a existência inteira no seu significado verdadeiro e na sua íntima correlação”.

Christopher West diz em que “a atitude geralmente repressiva das gerações cristãs anteriores, não da Igreja, usualmente silenciosa ou, no máximo com os seus “não faça”, é largamente responsável pela ignorância cultural sobre os ensinamentos da Igreja sobre sexo. Precisamos de uma nova linguagem para romper o silêncio e reverter a negatividade. Nós precisamos de uma teologia “nova” que explique como a ética sexual cristã -longe de ser uma lista de proibições puritanas - corresponde perfeitamente com o mais profundo anseio de amor e união dos nossos corações”. E graças a Providência, foi exatamente isso que o Santo Padre João Paulo II nos deu: uma teologia com uma linguagem ‘nova’ pela qual nos ensinou sobre o nosso fim, sobre a razão da nossa existência como homem e mulher e nos faz apaixonar sobre o plano divino: “Deus nos revela seu segredo mais íntimo: Ele mesmo é comunhão de amor: Pai, Filho e Espírito Santo, e nos destinou a cada um, a participar desta mesma comunhão.” (CIC, n. 221)

Como escreveu Jorge Reyes: “João Paulo II desenvolveu uma doutrina sobre o amor e em diversas ocasiões, fundamentado no Magistério, expressa que o homem não pode existir “sozinho”, mas somente pode existir como “unidade de dois” e por isso “em relação” com outra pessoa; ser a imagem e semelhança de Deus comporta, por tanto também existir em relação, em correlação com outro “eu”. Desta forma, a unidade dual explica que a definitiva criação do homem consiste na criação da unidade dos seres.”

Estamos chamados então a reconhecer o significado esponsal do corpo humano e com ele, através da sua feminidade e masculinidade, o chamado à doação total, seja no sacramento do matrimônio, ou como celibatários pelo Reino de Deus. O corpo humano, diz o Papa, inclui desde o inicio o atributo nupcial, isto é, a capacidade de expressar amor, o amor pelo qual a pessoa se torna dom, e por meio deste dom realiza o sentido de sua existência.

É a partir deste dom de si mesmo, livre, total e consciente que o CVII define a minha e a sua vocação: “O homem, única criatura terrestre a qual Deus amou por si mesma não pode encontrar sua própria plenitude se não é na entrega sincera do dom se si mesma”. (GS 24)

Para expor em grandes linhas estas catequeses do Papa, usarei como base, um texto de Christopher West. A proposta do Papa -resume ele- é “realmente transformar a nossa visão sobre o corpo e a sexualidade, ao afirmar que "o corpo, e somente o corpo humano, é capaz de tornar visível o que é invisível: o espiritual e o divino. O corpo foi criado para trazer à realidade visível do mundo, o mistério invisível escondido em Deus desde a eternidade, e portanto, para ser um sinal Dele”. (audiência 20.2.80)

O que isso significa? Significa que nós, criaturas, não podemos ver a Deus. Ele é puro espírito. Mas Ele quis fazer o seu mistério visível a nós e por isso estampou um sinal em nossos corpos, criando-nos como homem e mulher à sua própria imagem. A missão desta imagem é nobilíssima, mais linda do que qualquer imaginação pode sequer sonhar: a missão de refletir a Santíssima Trindade: que é “uma perfeita comunhão divina de amor entre Três Pessoas”. João Paulo II, então, diz que o homem é imagem e semelhança de Deus, não somente pelas suas potencias intelectuais -inteligência, vontade e liberdade-, mas também através da comunhão de pessoas (communio personarum), que homem e mulher formam desde o princípio. Assim, o corpo tem um significado esponsal porque revela o chamado do homem e da mulher a se tornarem dom um para o outro, um dom que se realiza plenamente na sua união de ‘uma só carne’. O corpo também tem um significado generativo que, se Deus permitir, trás um “terceiro” através desta união. Neste sentido, o Para nos diz que o “matrimônio constitui um ‘sacramento primordial’, entendido como um sinal que verdadeiramente comunica o mistério de amor e vida Trinitária de Deus, ao esposo e à esposa, e através deles às suas crianças, e através da família ao mundo todo”.

Lógico que, como o Catecismo esclarece muito bem, isso não significa que Deus seja sexual. Deus é puro espírito no qual não existe espaço para diferença sexual. Mas as respectivas perfeições do homem e da mulher refletem algo da infinita perfeição de Deus (CIC, n.370). Esta é a razão pela qual o Papa fala da sexualidade precisamente como um sinal do mistério de Deus. Seguindo a Escritura, ele usa a união do homem e da mulher como una analogia para entender algo do mistério divino. Mas sempre teremos que ter presente que quando buscamos expressar em linguagem humana, o mistério de Deus permanecerá transcendente em relação a esta analogia, como a qualquer outra. Ao mesmo tempo João Paulo II nos diz que esta analogia é a melhor para compreender o mistério de Deus. (29.9.82)

A união nupcial é desenhada para proclamar o mistério da Trindade – isto é, que Deus é doação de amor e vida. Neste sentido o Papa diz que a linguagem do corpo é profética, pois está chamada a revelar o próprio amor divino. No entanto, um ato esterilizado intencionalmente proclama o oposto. Ele muda a linguagem do corpo, numa negação especifica do amor criativo de Deus, fazendo dos esposos “falsos profetas”. E aqueles que são falsos profetas, quando descobrem a beleza da redenção de sua sexualidade, se tornam grandes profetas que tanto precisamos hoje! Ninguém, ninguém, por mais fundo no poço que esteja, está perdido para Nosso Senhor e para a Igreja!

João Paulo II afirma que “o ethos cristão é caracterizado pela transformação da consciência e da atitude da pessoa humana, tanto do homem como da mulher, a tal ponto que expresse e realize o valor do corpo e do sexo, de acordo com o plano original do Criador, colocados como eles estão, ao serviço da comunhão de pessoas, que é o substrato mais profundo da ética e cultura humana (22.10.80). Por isso, a dignidade e balanço da vida humana “depende em todo momento da história (...) de quem ela será para ele e quem ele será para ela (8.10.80).” Resumindo, se uma cultura não respeita a verdade sobre a sexualidade, esta destinada a ser uma cultura da morte.

Conhecemos bem esta cultura da morte e por isso sabemos quanto foi difícil a recepção da profética Encíclica HV do Papa Paulo VI em 1968, até mesmo no interior da Igreja. Em palavras do Papa João Paulo II “as reflexões feitas (nestas catequeses) servem para enfrentar as interrogações nascidas em relação à encíclica Humana Vitae. As reações que a encíclica suscitou confirmam a importância e a dificuldade destas interrogações. Elas são reafirmadas, também, pelos ulteriores enunciados de Paulo VI, onde ele salientava a possibilidade de aprofundar a exposição da verdade cristã neste setor”.

Mas seria ilusão da minha parte – e até um pecado teológico-, se eu ou mesmo alguém mais preparado quisesse explicar em ‘20 minutos’ o que o Sumo Pontífice falou em 129 audiências durante mais de 4 anos! Ou eu deixaria o Papa muito triste ou vocês totalmente frustrados! Não quero nenhum dos dois, de jeito nenhum! Então minha meta hoje, e vou terminando, é uma só e a considero de suma importância: dizer a cada um dos presentes que EXISTE na IGREJA este tesouro, e convidar, implorar, a que cada um conheça, ame e propague esta boa notícia onde quer que esteja, através da sua vocação pessoal e de sua missão como batizado. Seguramente ninguém está excluído desta ‘boa notícia’ como ninguém está excluído do Santo Evangelho!

A mensagem é tão atual e necessária, que um palestrante protestante Glenn Staton que eu escutei em Chicago em 2006, apresenta TOB para seus fieis, para suas comunidades e no final quando perguntem quem fala isso, quem fala esta maravilha, ele diz que é um filosofo polonês, Karol Wotyla e para por ai! Este fato, além de nos dar uma santa vergonha pela nossa lentidão católica em acolher estes ensinamentos, não nos deveria arder o coração, como arderam os dos discípulos de Emaús, após reconhecerem que era o mesmo Cristo que lhes explicava tudo, como a Igreja explica para nos hoje?

E quanto faltará ainda para que a Teologia do Corpo não seja um tesouro escondido, mas algo a ser vivido, proclamado nas telhas porque toda pessoa merece saber que sua pessoa, da sua sexualidade, sua vida, foi redimido por Nosso Senhor dando assim um novo sentido para sua vida? Depende de mim e de você, pois assim Deus quis em sua infinita sabedoria, pois desde o Batismo nos une intimamente à sua obra Redentora.

Vamos ler os sinais dos tempos unidos à Santa Igreja Católica, meus caríssimos participantes deste I Congresso Internacional de Vida e Família, e que Jesus, Maria, José e o amado Papa João Paulo II, servo de Deus, nos inspirem, nunca nos deixem desanimar e que possamos contemplar, pela misericórdia do Senhor, um dia no céu, os frutos de ter dado a nossa vida por toda vida humana, que por ser humana está chamada a ser eterna!

Muito Obrigada

I Congresso Internacional de Vida e Família (2008)